quinta-feira, setembro 30, 2004

ERA UMA VEZ...

Por Guilherme Isnard - HV nº2 junho/julho 1986

E o sapo se não disse pensou:
- Numa época menos sofisticada sexualmente
um simples beijo quebraria o encanto e me faria voltar a ser príncipe, no entanto hoje, preciso mesmo é de uma boa f...

Era uma vez...Nestes dias de emancipações sociais e sexuais, relativa democratização de direitos e de sacrifícios econômicos, somos amiúde obrigados a deglutir um ou outro batráquio mais fornido. Triste sina! Não fosse a chance de contarmos com um Sapaim a postos no Alto (ou seria baixo?) Xingu. Sem dúvida um poderoso anti-vudu contra qualquer dendrobata mais renitente que teime descer-nos goela adentro.

Um único senão seria capaz de empanar o brilho dessa rara e miraculosa intervenção da cultura indígena no meio urbano: A provável escassez total da matéria-prima necessária às ditas "pajelanças". Exorcismos "sapais", conforme visto em cadeia global, exigem erva abundante e de especial qualidade, o que é exatamente o oposto da atual situação de mercado, quadro atípico que esperamos ser passageiro. Queria só ver pajé se virando pra apertar um "charo" daquele tamanho com essa palha que está rolando por aí. O brasileiro coitado, parece à mercê da peçonha de cobras e lagartos por absoluta falta de antídotos... Simplesmente absurdo.

Pretendemos acima ter feito uma atualização da interação homem-natureza, no que diz respeito às conseqüências do convívio forçado com os seres de sangue frio entre os quais, na opinião categorizada de Jung, a rã seria o que mais se aproxima anatomicamente do homem. Essa estranha coincidência reporta ao real objeto de nossa humilde análise: O sapo, enquanto identidade secreta de super-herói.

Então recapitulando: Sapos são úmidos, gosmentos e (hirk!) viscosos. Normalmente só servem pra fumar até explodir ou então amanhecer (para alegria da criançada) boiando mortos na piscina. Isso sem falar é claro, das minuciosas dissecações ginasiais (pronto, agora os politicamente corretos e mal-humorados vão me linchar). Acontece que por obra de um especial sortilégio, podem esconder sob sua nojenta aparência o maravilhoso e disputado (a unhas) "Mancebo do Corcel Branco", o que obriga as castas donzelas a superar o asco inicial e submeterem-se a beijar (argh!) ternamente a bocarra dessa coisinha horrorosa e pestilenta esperando assim quebrar heroicamente o encanto de seu brioso prometido.

Pobres vítimas de uma circunstância trágica se não fosse cômica. Os antigos, com os rodeios de sua habitual sabedoria, parecem ter imaginado adiantar, ambientado na Idade Média, o conceito de que as delicadas mocinhas tinham de "gastar o beiço" com muito sapão convicto até encontrar um, cansado da boêmia, disposto a conversão à nobreza e todo o cerimonial que isso implica.

Cá entre nós, a velha e boa bruxa má bem podia ter deixado um anel com brasão, uma coroinha, alguma dica de um resquício da realeza dessas repulsivas criaturas, que poupasse essa verdadeira roleta-russa às incautas e ansiosas pretendentes.

Parece que só pra piorar um pouco essa belezinha de situação, alguns batráquios contemporâneos, invejosos dos colegas elefantes, resolveram instituir prendas mais consistentes do que o já popularizado ósculo. Afinal (reclamam eles), sapo também tem direito a pós-modernidade romântica, que papo é esse de beijinho no limiar da pan-sexualidade cosmopoligâmica? Em outras palavras: pode ir abaixando as calcinhas sweetheart, que eu já te mostro o cetro. Que papel!

Profundamente constrangidas pela inédita e explícita exigência, as ingênuas moçoilas que antes sacrificavam apenas inocentes bicotas na busca da sorte grande, agora são inapelavelmente coagidas a entregar o "trunfo" logo de cara. Esquecer da Jovem-Guarda ("...estou guardando o que há de bom em mim...") e soltar a franga, comprando no escuro muito gato por lebre, se entregando a lobos em pele de cordeiro, até finalmente flagrar seu sapo outrora príncipe e, como reza a lenda, ser incrivelmente feliz para todo o sempre.

O desgastado jargão "ou dá ou desce" aparece resgatado e supervalorizado nesse novo "games frogs play", todos os riscos por sua própria conta. Nada de original. Na ótica desses girinos taludos, a regra básica é: dê agora e reclame jamais! Nem sonhar com aquela estória da satisfação garantida ou...

É realmente muito triste ter de encarar essa barra de ser tão intimamente checada e apostar tudo por um sonho no escuro e depois descobrir um príncipe (ex-anuro) com o coração trancado e impermeável a qualquer "Abre-te Sésamo". Nesse caso meu amor, a única solução é correr até a xangozeira mais próxima, acender uma vela e tomar uns passes com pepsamar, porque esse especial batráquio após engolido, torna-se terrivelmente indigesto, ocasionando dolorosas e permanentes seqüelas emocionais.

Como você pode ver, o azar é unicamente seu se depois de anos tentando converter um baita sapão cascudo que prometia (a seus olhos) castelos no ar, descobrir frustrada que quem está virando rã é você. Acorde enquanto é tempo e nunca mais esqueça: seja sedutoramente bela, porém jamais adormecida.

Seria fácil, se não fosse imundamente machista, reconhecer aos garbosos príncipes latentes o direito à rigorosa seleção de suas futuras e (sem esquecer Vinícius) eternas partners. Afinal, a condição "sapal" proporciona uma vida folgazã de penumbra e água fresca, cantando à beira do rio quando faz frio em alegre e coletivo coaxar, tendo aparentemente como única missão na vida esticar vez em quando a língua e pescar uma suculenta mosquinha em despreocupado vôo, cuidando somente de não abrir demais a bocarra e ficar barrado no baile do céu. Quem troca essa moleza por um insosso beijo e assume essa loucura de prisões na torre, dragões flamejantes e bárbaros invasores (abro parênteses com o intuito de novamente elogiar as sábias metáforas para o lar, sogras e cobiçosos de princesas alheias) ou é louco ou tem realmente o tal sangue azul nas veias, sonhando por capricho com um sistema cardiovascular calafetado.

Somente a título de fidelidade histórica, lembro ainda da categoria dos fetichistas alquímicos. Desses, alguns costumam sair toda noite madrugada afora, com um ridículo sapatinho de cristal debaixo do manto, dispostos a experimentá-lo em todos os pezinhos de possíveis Cinderelas. O único perigo que aí reside é o de que depois da meia-noite, qualquer mortadela vira presunto, ou seria abóbora?

Outros vivem acariciando a cabecinha da pomba na expectativa de descobrir alguma "saliência" que denuncie a cabeça de um alfinete que, retirado, revele uma ninfa encantada. Algo assim como o pino de uma granada. Pobrezinhos, esses vivem caindo nos "contos da fada" que poderia ser uma prima, mas não passa de uma infame rima.

Finalizando em estilo shakespeariano: Sapo ou príncipe? Eis a questão!

Questione, mas enquanto isso... na pior das hipóteses, relaxe. Mas com dignidade, tenha sempre em mente a sua privilegiada condição de pré-princesa e lembre-se: Gata sempre, borralheira nem pensar!


O BISSEXUALISMO - 1986

Olá amigos,
Eu andei relendo as minhas antigas crônicas para a extinta HV — a primeira das revistas "mudernas" — editada pelo meu saudoso amigo Andrea Carta e achei que vocês talvez gostassem de ver esses velhos textos pois me pareceram ainda atuais e até proféticos, se considerarmos que já se vão quase duas décadas. Espero que se divirtam tanto quanto eu.

O BISSEXUALISMO
Por Guilherme Isnard para HV nº1 – abril/maio de 1986.

Um breve relato sobre tudo o que você sempre quis saber, mas que não teve a coragem de pesquisar.

bissexualismoO bissexualismo e você.
Chegar em casa antes do previsto e perceber sussurros. Abrir a porta do quarto com o coração na mão e descobrir dois corpos enlaçados. Um aroma explícito denunciando a febre do casal.
Parece tele-tema, mas é a vida e a única coisa que tem de novo nessa estória é que ela não é a da esposa que flagrou o marido com "alguma dessas", Tão pouco a do marido que encontra o vizinho “prestativo” resolvendo todos os problemas de madame.
Essa poderia ser a realização de uma das menos inspiradas e recorrentes fantasias masculinas: Encontrar a própria mulherzinha traçando aquele tesouro de amiga da aula de musculação. Ou então a decepção total da princesa que finalmente entende aquela estória de "lança" entre seu consorte e o fiel escudeiro.

O outro lado da meia-noite.
Forte, né? Mas essa surpresa, de encontrar outras nuanças na libido do/a parceiro/a, dependendo do sangue-frio e do apetite, pode ser muito agradável. A estatística desconfiável diz que as mocinhas costumam broxar inapelavelmente quando descobrem seus Apolos brincando do outro lado da meia-noite. Enquanto que os rapazes, na maioria das vezes, concretizam a tão sonhada "ménage à troi". Afinal o bissexualismo feminino costuma ser visto com muitos bons olhos pelos chauvinistas, chega a ser prática altamente recomendável. O engraçado é que essa mesma ótica provoca a aproximação sexual das mulheres que assim conseguem estabelecer uma intimidade necessária justamente para suportar a opressão do macho.

— Eu adoro um rapagão tinindo, vigoroso. Eu gosto mesmo é de macho, essa coisa de espada e bainha, entende? Mas também acho a maior graça em amar (não no sentido bíblico, é claro) um ser que menstrua e pari como eu, questão de afinidade, entende? Essa amiga, entusiasta da modalidade, me contou ainda:
— Sou bissexual porque não tenho “preconceito contra mulher” !?? Pode? E por isso ela mantinha relacionamentos homo de compreensão, identificação e... Muita sacanagem, que ninguém é de ferro. Essa parece ser a categoria que engloba a maioria dos (em linguagem chula) giletes. A do glutão sexual.
— Meu amor! Ser "bi" aumenta no mínimo em 50% as minhas chances de encontrar a "alma-gêmea" numa party ou night-club. Tentou me doutrinar outro amigo, em tom seriíssimo. Como se a vida fosse só encontrar parceiros de qualquer gênero, sexualmente dispostos.
Sinal dos tempos, a libido insaciável parece ignorar que cobertores outros, que não de orelhas, existem há milênios.

"Bi" por contingências.
Os bissexuais ocasionais são pessoas com curiosidades a resolver que ainda não tiveram a chance de, como diz o bom Edu, "optar". Estes geralmente resolvem definitivamente a sexualidade depois de cair um pouco no balaco, mas às vezes continuam "cortando dos dois lados" como válvula de escape para o homossexualismo enrustido e/ou reprimido. Que nem naquela estória do garotão que estava descobrindo as delícias do bas-fonds quando trombou com o pai, cristão repressor, botando pra quebrar num inferninho gay.

Existem também os bissexuais etílicos ou adeptos de outras drogas, tipo aquele amigo/a que você admira por estar sempre bem acompanhado/a e um dia, já de pilequinho ou doidão, manda o célebre mãozão na coxa e começa com aquele papo aranha de descobrir a sexualidade no mesmo sexo e que só um igual pode te dar o verdadeiro prazer. Constrangedor! Mas não se preocupe, amanhã ele jura que não faz idéia do que aconteceu depois da fatídica meia-noite e pede desculpas. Vão-se os anéis, mas salvam-se as aparências.

Nelson Rodrigues... Err, quer dizer Freud, explica!
Interessante mesmo foi conhecer um pansexual confesso, filho de um ex-ditador centro-americano, que entre outras variantes de prodigiosa criatividade me contou emocionado a iniciação erótica de sua linda cadela collie de pêlo dourado.
Sexo em amplo espectro. Haja tesão!

Apetites fantásticos à parte, os "Bi" têm um argumento de peso: Você sempre sabe de como gostaria de ter prazer, o que é muito proveitoso quando aplicado em parceiros homo. Tocar onde deseja ser tocado parece que facilita as coisas. Eles dizem também que o paraíso "bi" é Paraty. Perguntei por quê e só obtive abstrações como resposta:
— Coisas do clima... Da vibração... Podes crer! Parece que é lá que pinta o tal do "tesão sonrisal" que até agora também não entendi direito o que é, deve ser assunto só para iniciados. Pesquise!

Do meu lado só posso contar que a minha melhor namorada (parece papo de Kid Abelha) se superou no dia em que, entre tímida e cruel, resolveu socializar o namoro dela com outra sereia do mesmo naipe, com quem vinha me traindo há semanas sem levantar suspeitas. Melhor que isso, só dois disso, o povo disse e eu endosso.

Divirtam-se crianças.
Mas cuidado nunca é demais, lembrem-se que o Doc avisou que a SIDA acabou com a estória do lavou-tá-novo. Portanto, divirtam-se "moderadamente", que a bruxa está solta, e a fim de exploser avec la bouche de le balon!

PS. Aguardem ansiosamente nesse mesmo sex-canal os próximos capítulos de "A moderna sexualidade subtropical” Tudo sobre o transexualismo. Relatos sobre estupros demoníacos e casos afins, como o comovente depoimento de uma índia ribeirinha que engravidou vítima indefesa (tá boa?) do boto tarado e também um verbete especial dedicado aos inter-relacionamentos domésticos (Elektras, Edipos etc...) apresentando uma análise profunda da psique daquela madame que pichou enfaticamente nos muros dos jardins:
— Filhinha, mamãe tá louca pra te comer!

quarta-feira, setembro 22, 2004

Extrato do Blog PR.5

Altas Horas - 20/09/2004
por: Paulo Ricardo

Oba!
(...) Sexta foi um dia muito especial, gravamos um Serginho maravilhoso. (...)
(...) E qual nao foi minha surpresa quando me convidaram tb para relembrar com o ZERØ de Guilherme Isnard & cia, o sucesso "Agora Eu Sei", de 85. Em resumo, um puta programa (...) Dia 02/10, nao percam!
Bjs PR

Ps.: Clique no link do título pra ler o comentário na íntegra.

BH aqui vamos nós!!!!!

ZERØ em BH

terça-feira, setembro 21, 2004

Show na 21º Expo Music e canja com os Inocentes no EXXEX.

No sábado, um dia após a gravação do AH, tocamos no Music Hall da 21º Expo Music.
Foram apenas cinco canções enquanto os jurados apuravam a votação da melhor música de um festival de novos talentos patrocinado pelo evento (grande iniciativa que merece ser copiada).
O auditório lotado do Expo Center Norte adorou a surpresa.

Na madrugada eu tive o prazer de subir ao palco do EXXEX pra cantar três músicas com o meu amigo Clemente e os seus INOCENTES

Isnard no Exxex
Foto de Renato Yada - Ronaldo, Clemente e eu.

Mandei "Brand New Cadillac"- The Clash, "Até quando Esperar" e "São Paulo" - 365. Adorei tocar com uma banda punk, me diverti muito, mais ainda por dividir o palco com um amigo tão bacana.
Clementino, valeu cara!

O melhor da noite foi que eu me esbaldei de pogar trombando em Renato Yada e no Fábio!
Mas fiquei mesmo muito feliz de reencontrar amigos de 20 anos - militantes da comuna Orkutiana "Pânico em SP" - como o Pamps (Smack) e a Simone Lima (minha gentil hostess), o Julinho (Ghetto), e os meus novos "velhos" amigos a Leilah e o Daniel, o Regis e a Andrea, o Marcelo Tailão, a Rosa Freitag, o Rodrigo Araujo, a Luciana (que veio do Rio só pra ver o show), a Renata Violante e a Fernanda. Também tive o prazer de conhecer a Petra Pappon. Sem falar é claro na alegria de dançar ao som do melhor da new wave em um set espetacular do Angelo Leuzzi proprietário dessa casa maravilhosa que vale a visita e a frequência.
Nunca vi uma night rock house tão bela no mundo!!!
Parabéns Angelo! EXXEX é tudibom!



Altas Horas foi D+ "Agora Eu Sei" e "Centúrias"

Meus queridos,
Com a ajuda e boa vibração de todos chegamos lá!
Aguardem no dia 02/10, após o supercine, ZERØ no Altas Horas.
Lord Serginho e sua equipe nos receberam com carinho e consideração, daí foi fácil nos sentirmos em casa e desempenharmos um bom papel.

Tivemos a honra da participação extra especial dos classic ZERØs Freddy Haiat (teclados) e do Ricky Villas-Boas (violão) que veio direto do aeroporto (chegava de Amsterdam) para a gravação. Sentimos muita saudade do Eduardo Amarante que mora em Salvador, mas ligamos da maquiagem da Globo e falamos todos com ele. Malcolm e Athos estiveram presentes em nossos corações.
Paulo Ricardo foi muito bacana em dividir comigo os vocais de “Agora Eu Sei repetindo um dueto de 20 anos atrás. Muita emoção!
Rodrigo Santoro e Marisa Orth (entrevistados) disseram estar muito felizes com a nossa volta.
Encerramos com Centúrias, que se provou uma escolha acertadíssima, pois logo antes do nosso bloco o Serginho entrevistou dois fotógrafos da guerra do Afeganistão e exibiu imagens tragicamente belas desse triste desatino. Daí eu pude dizer do absurdo e estupidez que é a guerra como instrumento de paz o que é justamente a mensagem dessa canção.

Ela é narrada pelo tempo, que avisa que no andar dessa carruagem corremos o risco de retornarmos ao tempo em que os répteis dominavam a terra.
Ou seja, no more humans on the earth.

Para os iniciados o réptil tem uma conotação muito mais sinistra, pois envolve os alinhamentos energéticos na transição para a 4ª dimensão e a consequente possibilidade de dominação do universo conhecido pelos reptóides/reptílicos.

CENTÚRIAS (clique para ouvir)
Guillaume Isnard & Fred Nascimento

Ando no escuro, vejo o futuro
Sou celacanto no fundo do mar
Anjo profano, sono profundo
Falta um segundo pro mundo acabar

Confio no pai, confio na mãe
Confio no espírito-santo também
Confio no filho, confio na luz
Confio nas trevas, confio em ninguém

A sangue-frio se inventa a bomba H
Mais violência em nome da paz
Sou do futuro e vim pra te avisar
Que o réptil anda atrás

Vivo no escuro, na sombra do mundo
Anjo caído no fundo do mar
Vejo o futuro de cima do muro
Falta um segundo pro mundo acabar

A sangue-frio se inventa a bomba H
Mais violência em nome da paz
Sou do futuro e vim pra te avisar
Que o réptil anda atrás

Eu não sou Jesus
Esqueçaam de mim
Me deixem que eu vou dormir em paz

Eu não sou Jesus
Me tirem da cruz
Eu juro que nunca vou voltar
Eu nunca vou voltar
O réptil anda atrás


No pós-gravação fomos todos, mais a Fernanda, a Paula Elvira, a Renata Violante que foi a nossa prestativa "band transporter", a Luciana, a Fernanda, a Simone Lima e o Cuca assistir ao show da nova banda "Disco" do Athos Costa. Nos divertimos muito ao som de KC and the Sunshine Band.

quinta-feira, setembro 16, 2004

ZERØ na Expo Music e Guilherme Isnard com Inocentes.

Olá amigos!
Posto diretamente de São Paulo, na véspera da gravação desse programa histórico da nossa carreira pra dar uma notícia de última hora:
20 anos depois o Paulo Ricardo vai cantar conosco!
No menu Altas Horas, "Agora Eu Sei" com Paulo Ricardo e "Centúrias".

Neste sábado as 17h o ZERØ estará tocando na 21ª Expo Music:
Logo mais, na madrugada do mesmo dia eu terei a honra de dividir o palco com o Clemente do Inocentes, que me convidou pra dar uma canja no seu show no EXXEX na rua Clodomiro Amazonas 99 - Itaim.
Quem estiver em SP pode prestigiar os dois eventos.

sexta-feira, setembro 10, 2004

ZERØ no ALTAS HORAS!!!

Finalmente chegou a nossa vez amigos!
Dia 17/09, sexta-feira gravaremos em SP o programa mais inteligente e democrático da TV aberta o Altas Horas do Serginho Groisman que irá ao ar no dia 02/10, véspera de eleições, portanto lei seca, portanto fiquem em casa nos assistindo que valerá mais a pena.

domingo, setembro 05, 2004

MIX 80 na Symbol Club/RJ - dia 14/09 - Terça-feira.

Terça depois do feriado tem show do MIX 80
na SYMBOL CLUB

E eu estarei mais uma vez ao lado dos parceiros Toni Platão, Eduardo de Moraes, Major Nelson, Wlad, Rob Robson e Beral, no melhor show 80's ever!

No dia 14 de setembro a Symbol traz pra você o show da banda MIX 80 tocando os maiores sucessos do rock nacional.
Trazendo sempre um convidado especial, a banda traduz a essência do rock n' roll tupiniquim.
Não perca esta super atração.

Av. Almirante Barroso 139, Centro - RJ.
Informações e Reservas: (21)2533-0292

IMPRIMA O FLYER CLICANDO AQUI!






quinta-feira, setembro 02, 2004

Isso aqui me fez chorar que nem criança... (Tribuna da Imprensa/RJ 02/09/2004)

ABUSO DE PODER

(retirado a pedido da autora mas é só clicar no link que dá pra ver quem escreveu)

"Governos vem e vão / E nesse vai e vem promessas mil.
Farsantes de plantão / Brincam de arruinar o seu país.

E fazem tanto mal / Tem ordem superior.
Não quero acreditar / Que essa gente é feita /
De cinismo e podridão.
As lendas sobre o bem / Que nunca vão se confirmar.
São lendas sobre o bem...
Abuso de poder / Quem mais tem mais quer e é sempre assim.
Ladrões de ocasião / Fazem da ambição o meio e o fim.

E causam tanto mal / Tem ordem superior.
Não quero acreditar / Que essa gente é feita /
De cinismo e podridão."

(Fragmento de Abuso de Poder, de Guilherme Isnard e Celso Fonseca, composta em 1986)

Dezoito anos depois, os farsantes continuam, feitos de cinismo e podridão, brincando de arruinar o meu país. Pintei a cara, briguei por liberdade, e o horário eleitoral me mostra que tudo o que eu exigi não era o que eu imaginava. Está chegando a hora de depositar o meu voto na urna, escolher o candidato que vai me representar, representar as minhas idéias, e eu simplesmente não consigo me sentir representada por nenhum deles. Não quero que se orgulhem de criar um feriado santo em meu nome, não quero vereadores expulsando o FMI em meu nome, não quero seres onipotentes com soluções na ponta da língua. Como eu posso me sentir representada por um candidato que, incapaz de saber o que pretende e sem força de vontade suficiente para decorar duas frases, precisa ler (e muito mal) um texto de 15 segundos? Leva meu voto aquele que for capaz de mostrar a cara e falar: “ Não sei o que fazer, mas vou tentar descobrir". Esse é o candidato que eu quero que me represente: alguém que, assim como eu, tenha mais perguntas que respostas, e mesmo sem garantias de sucesso, esteja disposto a tentar.

Desisti de procurar opções na política partidária e me interessei por um grupo chamado “Brasil, uma solução Brasileira". Por uma incrível coincidência, esse grupo foi criado pelo mesmo Guilherme Isnard da música acima. Dezoito anos depois, ele ainda não desistiu de continuar tentando. E tentando da forma mais bonita possível: Debatendo idéias. Ele, ídolo e símbolo sexual absoluto da minha juventude, podia passar suas tardes deitado no sofá, aproveitando a fama e criando frases de efeito para usar em entrevistas. Mas preferiu o debate anônimo, tentar entender o problema, tentar descobrir soluções. Tentar. Procurar. Buscar. Trabalhar. Suar. E eventualmente, Encontrar.

Meu voto é do Guilherme Isnard. Mas ele não é candidato. Assim como Herbert de Souza também nunca o foi. Já doente, Betinho idealizou a Ação da Cidadania Contra a Miséria e Pela Vida, o melhor programa de conscientização social jamais visto no Brasil. E sem precisar pedir um único voto. Sem precisar enganar um único eleitor. Quem promete, não quer fazer, e quem quer fazer, não precisa prometer. Mais do que políticos onipotentes, a nossa sociedade precisa de não-políticos com vontade de trabalhar.

Quanto à imensa maioria dos candidatos, ajudariam mais se abandonassem a política e começassem a varrer a própria calçada e a plantar flores nas praças.

quarta-feira, setembro 01, 2004

SHOW do ZERØ no La Playa!

ZERØ no La Playa!

O 5º Elemento o novo show do ZERØ que acontece nessa sexta no La Playa na Ilha do Governador mostra que eles encontraram um outro tom. A mistura estranha de carinho e porrada única dessa formação sintética. História e tradição sim (são 20 anos de estrada), mas criativamente voltadas ao futuro.

A guitarra de Yan França, o baixo de Jorge Pescara, a bateria de Luiz Bertoni e a voz de Guilherme Isnard destilam sonoridades instigantes, sedutoras, energéticas e poderosas em arranjos que evidenciam o bom e sábio roquenrou.
O material inédito surpreende e dará origem ao primeiro CD de novas canções nos últimos 15 anos. As letras, mesmo com novos parceiros, continuam versando sobre o que mais encanta Isnard: O 5º Elemento, o amor em seus desdobramentos físicos, emocionais, existenciais, sociais, políticos, científicos e espirituais, como em "Pra poder dormir em paz" com Sérgio Serra, "Estrelas" e "Balada de uma tarde cinza" com Fred Nascimento e "Verdadeiro amor" e “Quando os anjos dizem amém" com Yan França e Régis Bittencourt.

Para não frustrar os fãs, Guilherme canta alguns dos antigos sucessos do ZERØ como "Agora Eu Sei", "Formosa", "Quimeras", “A Luta e o Prazer" entre outros, acrescentando a isso hits de bandas como Legião Urbana, Uns e Outros, Finis Africae, Hojerizah e ainda canções de Cássia Eller, Nando Reis e Renato Russo.

O Ministério Público Musical adverte:
Esse show é altamente benéfico para a saúde, recomendado e sem contra-indicações.

Serviço:
O MELHOR DOS ANOS 80's com show ao vivo TONI PLATÃO E ZERØ.
Comemorando o aniversário da Ilha do Governador, o La Playa, traz para você, o MELHOR DOS ANOS 80, com a festa GERAÇÃO COCA COLA e na primeira semana, super show com TONI PLATÃO E ZERØ.
NOS INTERVALOS DJ ADRIANO.
Telefone: (21) 2466-1007 e 2466-3047
http://www.laplaya.com.br/
INGRESSOS ANTECIPADOS R$ 10;
NA HORA COM FLYER R$12;
SEM FLYER R$ 15.