quarta-feira, julho 16, 2008

AUDIÇÕES PARA A NOVA FORMAÇÃO DO ZERØ!

Vão começar as audições para a nova combinação do ZERØ. Uma seleção de músicos com mais de 30 anos residentes no Rio de Janeiro para dispor um trio em shows a partir de setembro.

Procuram-se artistas de qualquer sexo, definição ou etnia, com experiência no ramo e que sejam apreciadores do som, familiarizados com o repertório e habituados com essa formação.

Mister: disposição e disponibilidade para ensaios e compromisso com o resultado artístico.

Tabu: mistura de álcool e drogas com trabalho e multiplicação pelos palcos.

Especifique instrumento e nome no campo assunto da mensagem e envie um resumo com sua formação, preferências, trabalhos realizados, links, mp3s e fotos para:
bandazero@gmail.com

segunda-feira, julho 07, 2008

S O C O R R O!!! Em quem vamos confiar?!?!


O balanço da semana, como nas anteriores, nos afronta com mais uma série de atrocidades cometidas por elementos de farda e patente no estado do Rio de Janeiro.

Não bastam os criminosos paisanos? Temos de nos defender também dos que são remunerados pelos nossos impostos para zelar pela nossa paz de espírito, integridade física e ordem urbana?

Revelou-se há pouco que o ex-secretário de segurança e seu patrão chefiavam uma quadrilha no estado do Rio e nada de grave lhes aconteceu, protegidos que são/estão por corporativismo, exceções e prerrogativas especiais. O (mau) exemplo repercute:

Numa hora são soldados que se arvoram em juízes, associam-se a traficantes, julgam, condenam e terceirizam a execução de três rapazes para não “serem desmoralizados”. Quem vai punir? Eles estavam lá totalmente desencaixados da função constitucional, trabalhando como pedreiros num canteiro de obras “sociais” que é fachada de campanha eleitoral autorizada e endossada pelo exército e pelo governo federal.

Em outra, uma família que não se imaginava ameaçada, tem de lidar com o inexplicável desaparecimento de sua filha, pra descobrir depois que a história muito mal contada agora inclui tiros, uma provável ocultação de cadáver e simulação de acidente e, mais uma vez... PMs mal explicados, investigados pelos seus pares.

Depois um PM, “segurança” da prole de uma promotora ameaçada por criminosos (o que se alegou para justificar a “proteção”, mas que não explicou o fato de que essa necessidade de proteção não tenha impedido a prole de freqüentar lugares inseguros), saca sua arma no meio de uma confusão de adolescentes e assassina com um balaço no peito o filho de uma mãe que imaginava seu filho a salvo.

Aí descobrimos que o DETRAN equipa a PM com aparelhos que lhes permite levantar sua ficha no órgão pelo número da chapa do seu veículo. Alguns maus policiais utilizam a facilidade pra te abordar e achacar no trânsito. A operação não deixa traços, o DETRAN não registra quando ou quem solicitou a consulta, nem com qual finalidade. Ou seja, é o estado patrocinando indiretamente, com o fornecimento de informações que nós imaginávamos pessoais, privadas e sigilosas, uma operação de extorsão ao cidadão novamente financiada pelo seu próprio imposto.

Na seqüência, a dramática notícia do desespero do pai de uma criança de 3 anos que está cerebralmente morta, porque teve a esposa e flho identificados "por engano" como criminosos baleados numa perseguição policial na Tijuca.

Socorro! Até quando seremos alvo da lei e dos fora-dela?

Precisamos urgentemente de novos adjetivos. Dramático, desesperado, indignado e outros que expressavam nosso estado de repulsa à barbárie estão banalizados e esvaziados do impacto, comoção e horror que antes provocavam.

Em alguns casos não há o que fazer, bandido é bandido e canalhas existem em todos os extratos sociais e em todas as profissões. Seriam casos de polícia se a mesma não estivesse diretamente comprometida. Mas na maioria dos eventos fica patente o despreparo e destempero dos agentes ditos “da lei”. “Opa! Rolou dúvida ou confusão? Manda bala! Se matar ou aleijar algum trabalhador honesto, criança ou dona de casa inocentes não tem problema, não vai acontecer nada, qualquer um podia ter errado nessa situação”.

Isso daí é responsabilidade nossa, são nossos impostos, é o nosso dinheiro. Se a minha grana farda, arma e põe na rua pra me proteger um camarada que pode me matar por engano a coisa ta feia, muuuito feia e é preciso fazer alguma coisa com urgência.

E como se não bastasse, todo esse estardalhaço sobre a lei seca... A grita dos fabricantes de bebidas, dos donos de bares, das agências de publicidade que gastam uma fortuna pra explicar na TV que não é o álcool que mata, mas convenientemente se esquece de lembrar que a propaganda em paisagens paradisíacas, com mulheres sensuais e artistas famosos e desejados incita e estimula o consumo de bebidas alcóolicas justamente pelos mais influenciáveis, os jovens.

Sem mencionar a hipocrisia de uma parcela da sociedade e seus governantes que elegem quais são os entorpecentes lícitos ou ilícitos. Ou álcool não é estupefaciante? Ou cafeína não é estimulante? Ou a theobromina não é viciante? Ou a sacarose não é energizante?

Sempre houve leis contra assassinos, assaltantes e alcoolizados no volante, mas a exemplo de todas as outras, só atingem os despossuídos. Não condenam ninguém de prestígio, recursos (entre eles bandidos, traficantes e seus associados) e corporação e, se condenam, é por pouco tempo, pra desesperança dos homens de bem.

Nesse país de milhares de leis, apenas uma bastaria, QUE ELAS FOSSEM CUMPRIDAS!