quarta-feira, março 29, 2006

Show de Brasília! 24/03/2006

A semana passada foi linda. Menos que o poente outonal em Brasília, mas ainda assim linda. Voltar a cantar no distrito federal 20 anos depois foi o apogeu de uma sucessão de ótimos dias e notícias.


Mas como nem tudo são rosas... Estou com o brado entalado. Na volta ao Rio brotou uma escala em BH na passagem que foi comprada como “direta” no site da TAM. Na sala de embarque, ao anúncio do pit-stop mineiro, muitos foram os que protestaram mansamente. Então achei que deveria subir o tom. Afinal, essa semana que foi maravilhosa pra mim, também foi uma semana de escândalos (só mais alguns), desmandos, bandidagem e galhofa como sempre.

Desde o general que abriu vaga à força no vôo, o assalto que o cidadão comum sofreu à sua privacidade na CEF, passando pelo documentário “Falcão, meninos do tráfico”, até o lixo sob os tapetes do planalto central, o que se vê é o retrato fiel da casa da mãe Joana.

No episódio do retorno ao Rio, eu me levantei espantado com a calma que todos engoliram um aumento de duas horas no seu trajeto de volta pra casa pra conveniência única da companhia aérea (pessimamente) escolhida, a TAM e perguntei com voz de trovão quantos sabiam que aquele vôo faria uma escala nas Gerais no momento da compra. A resposta, com a exceção dos passageiros pra BH, foi óbvia, ninguém! Então, a exemplo do cidadão que mesmo investido da mais alta patente militar, fez valer sua condição de consumidor comum, solicitei intransigentemente, sem utilizar meus superpoderes (sim, eles existem), que me fosse entregue o serviço que comprara: um vôo direto! Descobri surpreso que pro exercício da cidadania me faltou o principal, a farda.

Ainda bem que isso aconteceu ao fim da jornada e não teve o poder de me roubar a alegria e o bom humor. Até ali foi só alegria, desde a recepção, os ensaios com a Banda 80, entrevistas e show tudo correu muito bem e eu tive a oportunidade de fazer dois grandes novos amigos. JVC e GRV dois camaradas bacanas e empreendedores. Grandes papos e astrais na cidade do por-do-sol de 360° e um encontro com Ana Botafogo no saguão do Meliá.


Eu continuo...
Ps.: Fotos do meu telefone

terça-feira, março 21, 2006

Agenda de fim de Março e começo de Abril!

BRASÍLIA: [24/03]
Guilherme Isnard participa nessa sexta-feira dia 24/03/2006 da festa 80's Club - com a BANDA 80. Se você está por perto, não perca.
Local: Clube da Assejus (ao lado da ponte nova) - Brasília/DF.
Ingressos antecipados: R$ 15,00 - homem / R$ 10,00 - mulher e associados da Assejus.
Info: (61) 3322 4263.

SÃO PAULO: [01/04]
Guilherme Isnard DJ por uma noite no Projeto Autobahn - Hotel Cambridge
Hotel Cambridge, Av. Nove de Julho, 216 (próximo ao metrô Anhagabaú) - Centro,Tel: (11) 3101-8826

ARACAJU: [08/04]
Guilherme Isnard e MIX 80
Dia 08/04, sábado às 23H
Local - Mercado Tales Ferraz
Aracaju - SE

ENTREVISTA:
Gustavo Morais da revista eletrônica Nota Independente, fez uma bela entrevista sobre o passado/presente/futuro do ZERO.
Matéria de capa em: www.notaindependente.com.br. Confira!

quinta-feira, março 16, 2006

Novo em folha! Ou quase, hehehehe! =)

Agradeço a preocupação de tantos e os votos de uma rápida recuperação. Valeu mesmo! Funcionou!

Estou bem melhorzinho! Com o pescoção meio duro é verdade, mas já ando até me arriscando por aí sem o colar cervical. De seqüela apenas a dormência no ombro e peito e uma sensação de torcicolo generalizado.

Viajo pra Brasília na quarta e na volta começo a fisioterapia. Enquanto isso vou curtindo a companhia rara do meu filhote.

Ps.: Continuam disponíveis pra download as versões ao vivo do repertório do novo CD "Quinto Elemento", é só clicar no título do post.

sexta-feira, março 10, 2006

Terça-feira musical no Rio de Janeiro.

Parte 1:

Nessa terça fui ouvir minha prima querida num show espetacular no Mistura Fina, “Andrea Dutra canta Maysa”. Eu não sou o único canário da família, do lado Bogossian tem esse magnífico rouxinol chamado Andrea. Canta muito essa mulher.

Ela já tinha me dado a honra de participar da gravação de “Quimeras” na versão piano, cello e voz do CD “Electro Acústico” de 2000, mas cantando Maysa é um arrepio só. Até meu filho Daniel que está de férias no Brasil e me faz acordar todo dia ao som do baticum eletrônico, deliciou-se com o espetáculo emocionante.


Acompanhada pelo piano sensacional de Délia Fisher, Andrea desfilou grandes sucessos e canções pouco divulgadas do repertório da cantora. Tudo isso entremeado pela narrativa de fatos pitorescos e detalhes curiosos de sua biografia. Programão.

Andrea canta lindamente, com uma afinação e suavidade que são um verdadeiro carinho para os tímpanos. Sobe aos agudos mais escarpados com a mesma tranqüilidade e elegância que esbanja nos graves sensuais. Eu poderia falar aqui de maestria e domínio técnico, mas técnica pressupõe frieza, distanciamento, e isso é tudo que ela não é. Ao contrário, essa minha prima no palco é puro sentimento e emoção. Canta samba e bossa-nova com tesão rock’n’roll. Yeah!

Parabéns e obrigado querida!

Parte 2:

Saindo do Mistura, fomos prestigiar o meu querido Mario Marques na festa de premiação da revista LABPOP no "Teatro Odisséia" (descobri o por que do nome recentemente, é uma verdadeira odisséia pro ZERØ tocar lá). Muito rock no palco e grandes amigos na platéia.

Sempre é bom encontrar o Marcelo Hayena, Bruno Gouveia e Lobão. Esse último é meu amigo desde o segundo ginasial, quando ainda chamava assim, do colégio Rio de Janeiro em Ipanema, quando formamos nossa primeira banda "Grêmio Recreativo Nádegas Devagar". Comigo e meu filhote na foto abaixo!


Ps.1: Pra ninguém estranhar a (des)continuidade, esses shows aconteceram na terça e o acidente foi na quarta. A ordem dos posts não altera o boletim.

Ps.2: Grato pelas mensagens de pronto restabelecimento.

quinta-feira, março 09, 2006

Shit happens!

Parece até piada, mas uma brincadeira inocente entre pai e filho ontem na praia quase acaba em tragédia.

Fui ensinar meu filho Daniel que está de férias no Rio a pegar jacaré. Temperatura da água ótima, ondas médias no quebra-côco, mar coalhado de caravelas. Levei umas duas picadas, uma na lateral do tronco fraquinha e outra pior no braço esquerdo que me fez sair da água apreensivo. Deveria ter respeitado o sinal.

O Tempo foi passando, o poente se aproximando, resolvi dar o último mergulho. Ninguém quis me acompanhar.
– Filho, fica olhando como eu deslizo cortando a parede da onda! Quase foram as minhas últimas palavras.

Peguei a primeira onda que quebrou fechada. A segunda um pouco maior abriu pra direita e por lá eu fui. Um refluxo fechou a onda e eu mergulhei pra sair por baixo dela. Bati violentamente a cabeça em um banco de areia. Pareceu que um raio me atingia. Um choque elétrico foda atravessou meu crânio, maxilar, pescoço e braço até a ponta dos dedos e paralisou meu lado direito que ficou formigando e insensível ao tato. Pânico! Não é a melhor sensação pra se ter debaixo d’água eu garanto. Por sorte não desmaiei.

Sou amigo do Marcelo Paiva há 20 e tantos anos, a história dele e a minha vida passaram na frente dos meus olhos naqueles micro-segundos. Me imaginei com uma fratura de vértebra numa cadeira de rodas, mas consegui tomar pé e levantar. Saí do mar sem conseguir mexer o pescoço, o sangue escorrendo pela testa, os olhos arregalados de pavor e cuspindo um sangue que eu não sabia de onde vinha até descobrir a língua quase decepada na pancada.

O braço continuava insensível e formigando mas eu já conseguia movimentá-lo, liguei pro meu compadre médico (santa telefonia celular) e ele mandou que me levassem correndo pra um pronto-socorro ortopédico onde fiz um exame de motilidade e tirei uns RX. Nada grave, nenhuma fratura, só um trauma agudo na cervical, um disco intervertebral esmagado e uma dor de torcicolo filha da puta.

Vou passar uns dias no antiinflamatório, relaxante muscular, analgésico, compressas geladas e repouso. De lambuja ganhei um raladão profundo na careca, uma parte do corpo - que vai do meu peito direito até as costas passando pelo ombro - meio anestesiada, um jeito meio robótico de andar e mover e um new look a la Star War.

Saí no lucro total!
Salve meu anjo da guarda!

Muito obrigado!

quarta-feira, março 08, 2006

Dia Internacional da Mulher!

Eu sou um adorador do feminino.

Isso não quer dizer que eu as compreenda, nada disso, as mulheres representam pra mim o mesmo maravilhoso mistério que representam aos demais homens. Com uma ligeira e sutil diferença, tenho a impressão de que estes (ou a maioria deles) só enxergam o sexo e seus apetrechos ao invés da mulher. Eu sempre olho para ela (a mulher) com atenção e aproveito cada detalhe, exploro as nuanças procurando descobrir o que faz cada uma tão especial.

Sim, são todas muito especiais, independentemente do tempo de permanência ou do papel em sua vida. A mulher é o portal que permitiu a materialização de cada um dos seres encarnados desse planeta nessa dimensão. Isso não é pouca coisa. Todos nós, homens e mulheres, com exceção dos nascidos de cesarianas (e mesmo esses habitaram um útero nove meses ou pouco menos), chegamos aqui através de uma vagina. Alguns passam a vida tentando voltar pro lugar de onde saíram.

Eu tinha a audácia de afirmar que nós homens éramos seres plenos pois contínhamos o feminino sendo “XY”, enquanto elas não contém o masculino por serem “XX”. Acreditava equivocadamente como toda a ciência genética que o duplo “X” era uma derivação, que a mulher “descendia” geneticamente do homem. Recentemente descobriu-se que é exatamente o contrário. O “Y” é que é uma degeneração do “X”, literalmente um “X” que perdeu uma perna nós é que “descendemos” delas. Como se não fosse óbvio, hehehehe. Adão é que é uma costela de Eva.

Elas não merecem só um dia, merecem um ano inteiro, todo um calendário Maia! Em especial as que estão na minha linhagem e me permitiram estar aqui com vocês e a que está hoje ao meu lado.

Parabéns mulheres, toda a minha gratidão!

sexta-feira, março 03, 2006

RX de uma canção – VERDADEIRO AMOR

Essa canção (clique no título do post para ouvir uma versão ao vivo durante a leitura) foi feita pelo Yan há muitos anos. Disse-me ele, que com a pretensão de resgatar um grande amor que se acabara. Eu gostei do jeitão '70s dela, um rock a la Cream, mas a letra...

Fui obrigado a dizer que aquilo não traria ninguém de volta, ao contrário. Era uma letra lamurienta, deprê, queixosa e vingativa. A "ex" ia ouvir e dar graças por ter terminado uma história dessas.

Ta certo que a história e a música eram antigas e vivíamos então outros tempos e amores, mas eu detesto a idéia de uma canção de amor abandonada. Ela não nasceu do nada. Tinha um objetivo, saiu lá de dentro da alma, expressava o desejo de reconstruir o que se quebrou, era legítima. Além disso, continha uma frase notável: “...Pra que chorar se o verdadeiro amor pode ser o próximo?”

Com base nesse sentimento decidimos reescrevê-la preservando o arranjo e a linha melódica originais, mas transformando completamente o sentido motivados por aquela frase maravilhosa e acrescentando uma terceira parte na estrutura.

Ela agora não era mais uma canção de resgate de um amor específico, mas sim outro alerta de que o “Verdadeiro Amor” pode estar por vir. Que o medo (novamente) é o verdadeiro antônimo do amor e não existe uma razão concreta pra temer o fim. Que o fim é sempre o recomeço e devemos investir no recomeço com gás total, como se próximo o fim estivesse. Como já bem cantou o meu amado amigo e saudoso poeta Renato Russo – É preciso amar como se não houvesse amanhã.

Recriamos a canção. Eu com a caneta e o novo conceito, o Yan e o nosso amigo, parceiro e colaborador Régis, com as críticas e palpites pertinentes. O resultado é mais uma música de amor a cinco mãos: duas do Yan que fez a melodia e letra originais, duas minhas que a redirecionei e reescrevi e uma do Régis pra ele não ficar triste!

Eu acredito que com o resultado final, qualquer ex-namorada voltava com tudo! O que vocês acham?

VERDADEIRO AMOR
© 2006 - Yan França, Guilherme Isnard e Régis Rodrigues (BMG Publishing)

Voltei!
Meu sentimento estava aqui

Voltei!
Não vou fugir do que senti

Por que negar, se o que queremos é sorrir?
Por que sofrer pra ser feliz?
Pra que chorar se o verdadeiro amor pode ser o próximo?

Está ao seu redor e você não vê
E esse novo amor pode ser o último
Não tenha medo de se entregar de novo

A um verdadeiro amor
Verdadeiro amor
Verdadeiro amor

Não vale a pena disputar a razão
Nós dois sabemos o que aconteceu
Descarte as mágoas e abra o seu coração
Quem sabe assim ele recebe o meu

Meu verdadeiro amor
Verdadeiro amor
Verdadeiro amor

quinta-feira, março 02, 2006

BRASÍLIA aqui vou eu! =) Hu-hú!

Clique no flyer para ampliar
Finalmente! 20 anos depois!

Após estrear com o ZERØ em Brasília em 1983, voltar em '84 e '86, vou cantar novamente na capital.

Infelizmente ainda não é com o ZERØ como tantos me pedem, mas espero que esse seja um bom start e uma porta aberta pro reencontro com os antigos fãs e um encontro com os novos.

A Virginie do Metro que cantou na versão de estréia do evento me fez os maiores elogios a festa e a banda. Dia 24/03 será a minha vez de conferir!

Espero vocês lá!