quarta-feira, novembro 24, 2004

APRENDIZ DO AMOR

Por Guilherme Isnard para HV nº3 - agosto/setembro 1986

As histórias mudam um pouco, mas é tudo o mesmo sonho. O agente catalisador das relações continua sendo o amor. Não a palavra, mas o sentido. O fato é que a vida opera sem anestesia.

Do começo dos tempos até quase a metade do século XX, a relação mestre/pupilo era explícita e muito comum: Um homem possuidor de um especial talento ou conhecer deveria cuidar de que ao terminar-se tivesse a certeza de haver perpetuado o próprio espírito em gerações que o sucederiam, propalando e aperfeiçoando aquele seu "saber".


A sociedade, reestruturando-se no pós-guerra, impôs ao indivíduo um ritmo tal de competitividade que praticamente o convenceu de que a humildade do "aprender" era uma fraqueza passível de ser explorada como tal por qualquer pessoa a quem ele confessasse ingenuamente sua ignorância. Salve-se-quem-puder foi a única coisa que aprenderam então. Até aí, o homem maduro transmitia sua especialidade a um/a jovem aprendiz sob uma aura de honesta, profunda e leal amizade. Hoje a história é bem outra.

No mundo do tele-catch moderno!
Os historiadores estão preocupadíssimos em detectar os primeiros sintomas que permitiriam supor uma próxima onda. Todos especulam qual será o movimento seguinte, o que vai alterar agora os hábitos, normas, padrões e costumes. Afinal, o que vem depois do pós-moderno?!?!

Mesmo parecendo reacionário eu ousaria arriscar, na condição de leigo, que o pós-moderno não passou de uma overdose leviana do moderno, espécie de porre atípico das vanguardas que, refeitas da conseqüente ressaca, voltariam ao labor de desbravar insanamente a modernidade, essa esfinge que persiste em nos desafiar com uma multidão de misteriosas possibilidades. Temeroso de haver abusado de vosso tempo e paciência, descuIpo-me pelo desvio, por um momento deixei-me levar peIas emanações do incenso.

En garde! Touché!
No mundo do telecatch moderno (agora sim, faz sentido) os sentimentos elevados parecem as camisetas suadas que os boxeadores se apressam a despir antes do primeiro round. A confiança perde lugar para a guarda fechada e o jab rápido. Nesses tempos de prontidão, o aprendizado não mais se processa naquela esfera romântica, o mestre passa a ser um adversário a sobrepujar. Vale chute no saco, tesoura voadora, takles e o escambau. Até o proibido soco inglês é tolerado na tentativa de subjugar quem "sabe" e que por essa qualidade, ilusoriamente, "é" ou "pode" mais.

A subversão a este estado de coisas existe nas poucas amizades sinceras e reside basicamente num tipo singular de afeição e cumplicidade, vulgarmente conhecido por amor. Para seu governo, o bom e velho amor continua sendo o agente mais eficaz na polinização do saber, portanto fundamental como catalisador das relações filho/pai, homem/mulher, aluno/professor, humanos/Deus. Acontece, não sei se por obra do Plano Cruzado, que o amor sumiu do mercado e, ao que parece, a maior associação contra a possível extinção desta rara casta de sentimento é a paternidade. .

O amor é a subversão.
O tráfego inversamente proporcional de amor entre os pais e seus filhos costuma superar qualquer terremoto cultural. O bicho homem preserva e protege como uma fera a sua cria, até que a julgue apta a enfrentar a "selva". Metáforas à parte, há milênios que a pseudo-imortalidade do indivíduo se realiza no sucesso e na sobrevivência do seu próprio sangue, os filhos que concretizam os sonhos e expectativas paternas, e assim por diante. Preste bem atenção, este é um "micro" que curiosamente espelha o "mega", Deus e sua esperança na continuidade da espécie humana.

Filhos são aprendizes naturais. Antenas parabólicas a quem o mundo parece sem limites. As seduções se multiplicam nas telas de TV. No meu ninho ou meio como queiram, o convívio com a realidade da espécie era restrito a uma ridícula amostragem da população mundial. Aproximadamente trezentas pessoas entre parentes, colegas de estudos e amigos de folguedos. Hoje o meu pequeno Daniel senta em frente ao vídeo, liga um botão e o meio dele é o mundo inteiro. Nada menos do que isto. Como é que eu, mero pai sem os poderes de Greyskull, vou organizar toda essa zona na cabeça da criança? Help!

Tiro ao alvo ou solfejo?
E olhe que comecei super bem, fiz esse moleque com muito amor. O parto (método Leboyer na Clínica Tobias) quem fez também fui eu. Orientado por um obstetra, cortei o cordão umbilical, aspirei todas as melecas e o acariciei muito enquanto ele se acostumava com a novidade, deitado de bruços na barriga da mãe. Mas e daí para frente, como faz? Na falta de uma escola para jovens pais, fui estudar na vida o melhor jeito de preparar o "meu garoto". Seis anos depois estou vivendo a crise de estar completamente assombrado com o rumo das coisas, com o desrespeito por tudo e por todos que parece ser a máxima do homem moderno. Para que serve tanto desamor?

Você já viu bundinha de recém-nascido? Parece uma ameixa seca cor-de-rosa e enrugadinha, dá uma grande vontade de morder, mas o tempo voa e agora eu sei... O baixinho está virando um grandão e o que é que eu vou ensinar para esse meu filho? Será que acabo com as ilusões infantis de amor e paz? Será que o matriculo numa academia de caratê em vez de levá-lo para ver Fantasia? Será que um programa de treinamento em táticas de guerrilha urbana não serão mais útil do que arcaicos conceitos morais? E os nobres códigos de conduta? O bom caráter? A generosidade? A retidão? Afinal, quem vai ganhar, o bem ou o mal?

Sobreviver à vida.
Eu, com a responsabilidade de pai, morro de medo de estar criando com amor e doçura, ensinando integridade e bondade, uma criança que pode estar destinada a viver num mundo onde resolve a parada quem sacar mais rápido uma arma mortal. Eu não sei bem por que, mas os anos passam e todo o lixo fica cada vez mais evidente. Tomara que não seja porque estamos todos apodrecendo.

Ainda é tempo! O meu Daniel merece um planeta bem melhor do que este, todos os filhos merecem. Quem sabe talvez um esforço concentrado resolvesse o problema. Sei lá, a gente podia todos juntos na Terra inteira, gritar socorro bem alto, cada um em sua língua, humilde e fervorosamente num só fôlego. Que tal?

Só torço para que o remédio não seja outro dilúvio, mas se for tudo bem, eu me resigno. Deus é o único que parece saber o que faz. Diante Dele, tolinhos somos todos nós: Mestres e alunos, pais e filhos, maridos e esposas, crentes e ateus. Apenas jovens e boquiabertos aprendizes.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Gravação do DVD do Leoni.

Garden Hall - 09/11.
Grande festa! Com grandes amigos e momentos emocionantes.
Leoni esteve muito bem, cantando muito e dominando uma platéia lotada com uma sucessão de hits acompanhado apenas de seu violão e da excelente guitarra do Daniel Lopes que por vezes recebeu o reforço de um teclado, um cello e um clarinete.

Os convidados um show a parte. Leo Jaime, Herbert Viana e Dinho cada um ao seu estilo, contribuiram para o brilho da noite. Destaque para a impagável piada do Herbert se referindo a participação de dois Lamas budistas que entoaram mantras ao final do momento mais emocionante do show - uma composição dele e do anfitrião.
- "Eu acabei de descobrir que eu poderia ser um Lama, na verdade já sou quase um, eu sou um para-Lama!" Muito bom, hehehehe...



A seguir fotos do pós-show! Peninha só que eu não encontrei o Herbert que saiu batido.


Eu e o astro da noite!


Los tres amigos sorridientes!
O grande Leo! Que sempre me recebe pra canjas em suas concorridas apresentações em SP e ainda por cima escreve sobre elas: (...) "O show ontem foi bem legal. Tocamos bem, o repertório era bem bolado e a canja do Guilherme Isnard foi excelente, cantando Boys don't cry e Noite e dia, uma bela canção do Lobão e do Julio Barroso. O Zero tá cheio de compromissos na cidade. Uma hora dessas sou eu quem vai dar canja lá. "tem gente boa que me fez sofrer...", muito bom" (...) Claro que sim amigão! Mi palco, su palco! E o grande Bruno Gouveia, que deu uma pala no nosso CD de 2000, o "Electro Acústico".


Evandro Mesquita, O "culpado" de tudo!
Foi o estouro da BLITZ que abriu caminho pra todos nós nos 80's.

terça-feira, novembro 16, 2004

Sampa MONSTER post - Show da FNAC Pinheiros e Na Mata Café em Sampa e DJ por uma noite na Autobahn!

Grande temporada em São Paulo!
Dois shows muito bacanas, com platéias animadíssimas.
O primeiro na FNAC Pinheiros, sexta-feira, contou como auxílio luxuoso de Ricky Vilas-Boas no violão e a onipresença do beijoqueiro Roberto.


Na foto, em primeiro plano, o penteado assanhado do incansável Roberto. Ao fundo Ricky Villas e su pantalona metálica.


Yan, Ricky, Guy, Pescara e Luiz em ação!


Lois "El Satânico" demolidor!


Mas é cada uma... Agora assanhou-se todo! Cadê o segurança???


Yan descabelando a guitarra.


Nado sincronizado.

Mais fotos (cortesia de Roberto Kirsinger) clicando no link abaixo:
ZERØ na FNAC

AUTOBAHN - 06/11 no Darta Jones.


No sábado fui visitar o amigo Marcos Vicente e dar uma canja de DJ na melhor festa 80's, a AUTOBAHN.
Meu set: Pretenders, Clash, Bowie, Billy Idol, Sex Pistols, Human League, Stray Cats, etc. Neguin suou a camisa!

No Na Mata Café tivemos a honra e o prazer de contar novamente com a presença no palco de dois ZERØS clássicos: Ricky, outra vez ao violão, agora acompanhado dos teclados de Freddy Haiat, além das canjas sensacionais de Kiko Zambianchi e Willie do Radio Taxi.


No palco do Na Mata.


Fernanda, ZERØ's producer e Kiko Zambianchi.


O prazer de ouvir o Kiko cantar.


O prazer de cantar "Cores de Maio" com o Kiko!


Ricky Villas, Luiz "El Demolidor" Bertoni e Jorge Pescara.


Freddy Hait matando saudades dos palcos, teclas e botões.


Willie e Pescara acertando o pas de deux em "Agora Eu Sei".


A simpatia do amigo Willie, com quem estarei em Forteleza no dia 11/12, cantando na festa "Vinte e poucos anos".

sexta-feira, novembro 12, 2004

SHOW SURPRESA em Nova Iguaçu! 12 e 13/11



Nesta sexta 12 e sábado 13 às 20h, vamos tocar na Casa de Cultura de Nova Iguaçu. Quem estiver pela área pode chegar!

Casa de Cultura de Nova Iguaçu
Pça Santos Dumond, s/nº - Centro
Tel.: 2667-6207

quinta-feira, novembro 04, 2004

Pra quem está em Sampa...

Olá amigos!
Segue a agenda do ZERØ em São Paulo:

DIA 05/11 – SEXTA-FEIRA
POCKET SHOW NA FNAC Pinheiros
Horário: 19:00h
Av. Pedroso de Morais,858 Pinheiros
Fone: 4501-3000.

Entrevista com o ZERØ na Jovem Pan AM
Programa "Radio Ao Vivo"
Horário: 22:30h às 23:30h

DIA 06/11 – SÁBADO
Entrevista com o Guilherme Isnard na Kiss FM
Programa "BR 102"
Horário: 16:00h às 17:00h

Guilherme Isnard - Discotecagem na Autobahn
Horário: 1:00h à 1:30h
AutobahnRua dos Pinheiros, 573
SITE: www.anos80.com.br
Nome no site: Entrada: R$ 6,00 e Consumo R$ 10,00
Sem nome no site: Entrada R$ 8,00 e Consumo R$15,00

DIA 08/11 - SEGUNDA-FEIRA
SHOW "O 5° Elemento" no Na Mata Café
Horário: 22:00h
Rua da Mata, 70 - Itaim Bibi
Reservas: 3079-0300
Ingressos: Homem - R$ 20,00, Mulher - R$ 15,00

Entrevista Brasil 2000 FM
Programa "Happy Hour com Kid Vinil"
Horário: 17:00h

domingo, outubro 31, 2004

ZERØ no MATRIZ em BHZ



Eu estava devendo uma narrativa sobre a nossa fantástica experiência em Belo Horizonte.
A cidade nos recebeu maravilhosamente bem. Foi realmente incrível.
Transcrevo aqui as impressões de alguns dos envolvidos, postadas no tópico "Como foi o show do ZERØ em BHZ?" que o nosso amigo e web designer Stefan abriu na comunidade ZERO ABSØLUTØ, nosso fã-clube no Orkut.
Não é por preguiça não gente, é que dificilmente eu teria algo a acrescentar ao que lá foi dito.

Stefan:
Como foi o show do ZERØ em BHZ?
Alessandro e demais, Ninguém aqui falou como foi o show do ZERO em BHZ.
Fala aí pra gente, plis?
Grande abraço, Stefan.

Alessandro Pessoa (produtor do evento):
Adrenalizante!!!
Acho que esse é o melhor adjetivo!!!
Foram duas horas e meia de show(recorde no MATRIZ!!!).
Com o público que compareceu em massa, cantando e participando frenéticamente de todas as canções e ainda pedindo vários bis no final sem arredar o pé!!!
Destaque para a cover "Cais" do Milton uma homenagem pertinente, ao "Clube da Esquina".
Mesmo depois de um show intenso e longo, aclamados por todos, Guilherme Isnard, Yan França, Luiz Bertoni e Jorge Pescara ainda arrumaram fôlego para atender com carinho a todos os fãs, distribuindo autógrafos, tirando fotos e respondendo as mais diversas perguntas.
Foi uma noite de gala do rock.
Contou com a presença de vários artistas locais, imprensa, membros da prefeitura e empresários da cidade, todos prestigiando o retorno do ZERØ à capital mineira!!! Sem contar a grande abertura da banda ENJOY mostrando que o rock brasuca ainda respira novidades!!! o show reverberou pelos quatros cantos de belo horizonte e até na segunda feira ainda estavam saindo matérias na imprensa. Ou seja SUCESSO ABSØLUTØ!!!
Como sempre!!!

Stefano (banda ENJOY):
Muito bom! Sim, é verdade. O Alezz não está exagerando, o show foi muito bom. A galera alucionou e ficaram até o fim esperando os musicos pra conversar etc.
Foi legal demais. Antes do zero começar, as cortinas fechadas e o público gritando sem parar. Tirei várias fotos de cima do palco, do público pirando. Vou postar umas no meu álbum mas se alguem quiser ver mais, é só visitar a comunidade do enjoy no multiply, que eu postei todas lá. Não é preciso fazer parte do grupo para ver as fotos, mas quem quiser se associar é bem-vindo!Um abraço a todos e vida longa ao zero e ao enjoy! esperamos ve-los em breve!

Alessandro:
Isso aí Stefano!!!
Uma das curiosidades... Tem o Stefano do Enjoy, tem o Stefan do site e tem a Steph que além de ser namorada do Binho do Enjoy foi promoter do show aqui em BH. Kakakakaka.

Deve ser algum karma ou dharma do Guilherme!!!
Por falar nele, tb queria saber qual foi impressão do Mr ZERØ nesse tópico.

E aí Guilherme, o que achou?

Guilherme:
Simplesmente o máximo!!!
Eu não poderia imaginar um show mais perfeito. Duas horas e meia de espetáculo.
O repertório clássico e o novo foram muito bem recebidos.
Dois bis, uma galera vibrante e um retorno energético, de alto nível.
BHZ recebeu o ZERØ de coração aberto. O público, a mídia, os amigos, as meninas...
Somos eternamente gratos e esperamos voltar em breve a essa terra hospitaleira.
Adorei o show do Enjoy, a temporada no Prado, os irmãos Maglovsky e o Marco, Bel, Steph, Ricardo, Alessandro o cara que tornou o sonho possível, Isadora e Adriani. Pra sempre no meu coração.
A D O R E I !!!

Isadora:
Foi maravilhoso receber o Guy e o ZERØ aqui em BH! O show foi, realmente, emocionante! Eu, que, "lamentavelmente", nasci com um atraso de mais ou menos 20 anos e não tinha tido a oportunidade de assistir ao ZERØ ao vivo e muito menos pude participar da época áurea do rock 'n roll brasileiro, fiquei admirada com o entusiasmo com que o público de BH recebeu a banda. Felizmente, a música dificilmente morre, está quase sempre registrada em algum lugar e, por isto, mesmo tendo nascido nos anos 80, posso ter acesso a tudo o que se passou e que eu não tive a oportunidade de acompanhar, de estar presente. A verdade é que eu me contentaria com isto, mas, melhor ainda, tive a satisfação de assistir a uma das melhores bandas dos anos 80, ao vivo, na minha cidade. Eu não tinha idéia de como seria o show e fiquei surpresa de ver vários amigos presentes, cantando junto e vibrando com as músicas do ZERØ. Foi bonito ver o Guilherme deixar o público cantar sozinho e me arrepiar com o grande coral que se formou. Foi uma felicidade enorme e só agora me dei conta de que eu não falei nada disso com o Guy e com os meninos da banda, culpa da euforia que tomou conta de mim e de todos que estavam presentes! Já parabenizei o Alessandro pelo sucesso do evento e também os meninos do Enjoy, que infelizmente não pude assistir em ação, mas que fora do palco são umas graças e, de acordo com as referências, fazem um som de primeira qualidade! Pro Guilherme até me faltam as melhores palavras, além de ser um grande músico é também um homem maravilhoso! Fiz um favor aos meus ouvidos e um belo agrado ao meu coração... O Guy e o ZERØ tbm estão aqui agora.
Aqui e no meu CD Player!

Luiz Bertoni:
Relato.... Bom, meu ângulo de visão não era dos melhores, vi o show do banco da bateria.
De lá ví muitas pessoas felizes, no palco eu , o Guy , o Yan e o Pescara celebrando nossa amizade e nosso som juntos . A alguns metros a frente de nós, o publico aceitou a nossa celebração e multiplicou uma energia positiva intensa. Houve uma retro alimentação de prazer nesse show... Prazer de tocar e prazer de ouvir. Foi um show muito bonito, dificil de esquecer.

Alessandro:
Contando detalhes da estadia do Lui.
Ele veio um dia antes do resto da banda, depois do Guilherme que ficou uma semana foi o que aproveitou mais.
Depois de almoçar em uma das melhores churrascarias da cidade(hehehehe...perdeu essa Guy!!) fomos passear na Savassi (sempre enfeitada com belas mulheres). Compramos baquetas em uma loja de instrumentos, fomos em um café bar e adivinha quem estava tocando? Nada mais nada menos que Toninho Horta!!! Ele nos recebeu muito bem, foi muito simpático, já conhecia o Bertoni de outras ocasiões, ficamos batento papo com ele e com os outros músicos.
Pra finalizar encontramos o Xand do Pato Fu e batemos um papo rápido pois estávamos quase na hora de passar o som no Matriz. Foi uma tarde bem bacana, aconteceram várias coisas legais por acaso, sem planejarmos nada, nesse momento eu percebi que o universo estava conspirando a nosso favor e que seria um grande show!!!

Gustavo:
O que posso dizer do show é que foi simplesmente fantástico. Com certeza um dos melhores shows que eu ja presenciei. Quando o Guilherme começou a cantar Quimeras entao eu tremi de emoção. Cara, vcs tem de fazer isso de novo. Parabéns mesmo!
Mais uma coisa que precisa ser dita! A atenção do membros da banda com os fãs depois do show foi pra mim uma surpresa enorme. Poder trocar uma ideia com o Gulherme lá no Matriz foi muito bom. Que isso! Nunca que eu esperava ter uma chance dessas, de conversar pessoalmente com os caras de uma das bandas q eu gosto! Valeu mesmo gente!

segunda-feira, outubro 25, 2004

GUILHERME ISNARD - solo

É nessa terça galera!!!
E também nas terças 09 e 16 de novembro.
No Caroline Cafe Centro:
Rua da assembléia 13, centro/RJ, às 19h.


quarta-feira, outubro 20, 2004

Marcelo Dolabela entrevista Guilherme Isnard

Concedi essa entrevista ao jornalista Marcelo Dolabela de BHZ alguns dias antes do nosso último show. Infelizmente o editor acabou cortando essa parte da excelente matéria.
Já que temos esse canal de mídia alternativa espero que o Marcelo não se incomode de vê-la publicada aqui.

Aparentemente, principalmente para a mídia, o Zero é uma "banda de um hit só" - "Agora eu sei" . Quem conhece a banda sabe que isso não é verdade. E o álbum "Electro acústico" está aí para provar o contrário. Como você convive com esse paradoxo?

Muito bem, melhor ser lembrado por um sucesso que por nenhum, hehehe... Na verdade tivemos 4 músicas com execução massiva – e esse é um dado importante – em todo país: “Agora Eu Sei” e “Formosa” do primeiro LP, “Quimeras” e a “Luta e o Prazer” (em que tenho a honra da parceria com Ronaldo Bastos) do segundo. Com esta última, gravamos inclusive um “Globo de Ouro”, em segundo lugar de execução nacional, à época da aferição pelo IBOPE, portanto mais um inegável hit. Mas é incontestável que “Agora Eu Sei”, por conta da explosão do RPM, é a que ficou marcada como nosso grande sucesso e por isso freqüenta os playlists das FMs até hoje. Eu acho que, como você aponta, essa é mais uma postura da mídia mesmo, pela necessidade de categorizar, o que não nos incomoda porque o que realmente importa pra gente é a percepção dos fãs e esses sabem bem quem e o que somos.

Ao contrário das outras grandes bandas paulistanas (Ira!, Titãs e Ultraje A Rigor) que se lançaram na WEA, o Zero se lançou na CBS e se estabeleceu na EMI-Odeon, o que essa opção moldou a sonoridade e a trajetória do grupo?

Nós tivemos a sorte, nas duas companhias, de nunca termos passado por nenhum tipo de controle da nossa criação, nem na composição, nem na gravação dos álbuns, ou seja, não fomos “moldados” pela indústria, acho mesmo que ninguém daquela geração foi, as gravadoras não sabiam o que fazer com a enxurrada de talentos que surgiam e se mantiveram passivos, sem interferir no direcionamento das carreiras. Sábia decisão. Isso hoje em dia mudou muito.
A história é que o ZERØ ganhou uma participação num “Pau de Sebo” da Deck Discos - “Os Intocáveis” - através de um concurso da rádio Cidade FM de SP. Desse álbum duas bandas foram contratadas pela CBS (atual Sony) e como ao final de um ano não havíamos conseguido a projeção que esperávamos, aceitamos o convite do visionário Jorge Davidson e mudamos de mala e cuia pra EMI.

Na ocasião do lançamento do álbum "Passos no escuro", em 1985, você avisava que trabalhamos em sintonia com grupos como o Simple Minds, mas temos mais valor porque aqui as dificuldades são maiores", a sua visão da cena pop-rock no Brasil continua da mesma forma?

Mudou muito. Hoje a realidade é totalmente diferente. Naquela época a importação de instrumentos era proibida, ainda estávamos sob a ditadura, não existia uma infra-estrutura de apoio para shows de rock. Hoje em dia é bem mais fácil. Quem começa a tocar já principia com bons equipamentos, tem bons lugares pra tocar com som e luz, etc. Eu ilustro: Uma vez nós chegamos numa cidade do interior (1985) e o nosso produtor perguntou onde estava a mesa de som, pois haviam garantido a existência de uma. O contratante apontou orgulhoso um rack pra colocar aparelhos de som no canto do palco e perguntou se aquela “mesa de som” estava boa.Mas ainda continuo achando que qualquer coisa que façamos aqui tem mais valor do que o que se conquista lá fora. Eles continuam tendo muito mais grana, reconhecimento, condição, preparo, apoio, formação, espaço, mídia especializada, etc. O brasileiro é sempre um herói, em tudo o que se propuser a fazer.

Durante o lançamento segundo álbum "Carne humana", em 1987, você fazia uma nova profissão de fé, dizendo: "na primeira formação do Zero, nós não tínhamos nenhuma preocupação em sermos populares. O nosso aceite era o que bastava. Hoje, a nossa preocupação é a de fazer um trabalho popular acessível, mas sem concessões e honesto, original", esse ainda é o projeto do grupo?

Faz tanto tempo, eu não me lembro de ter dito algo assim, mas pela extensão e profundidade da sua pesquisa sou obrigado a acreditar. Eu possivelmente me referia ao fato de que na primeira formação o som era mais pesado, quase punk, e na segunda – neo-romântica – mais melodioso e conseqüentemente mais palatável para as grandes audiências. Hoje, e aí sim existe um paradoxo, estamos mais próximos da proposta original, o som está bem mais pesado, mais rock, mais cru. A atual formação é básica: Jorge Pescara no baixo, Yan França na guitarra e Luiz Bertoni na bateria. Sem adereços eletrônicos, playbacks, MDs ou DJs. A proposta ainda é a mesma: Originalidade e honestidade, sem concessões. Eu gosto de acreditar que posso fazer alguma diferença com o que escrevo. Minhas letras sempre tem mais do que uma leitura e eu espero que em alguma delas o ouvinte alcance um novo patamar perceptivo.

No Zero, a assinatura das canções é coletiva. Afinal, qual o processo de criação do grupo?

As letras são sempre minhas, fico pouco à vontade pra interpretar verdades alheias, a não ser quando me identifico profundamente. Componho também as melodias que dão suporte as letras, elas nascem concomitantemente. O que a banda faz coletivamente são os arranjos e eu também faço parte da banda.

Você integrou um dos grupos mais radicais e experimentais do pós-punk brasileiro, o Voluntários da Pátria, como foi esse período?

Muito interessante, foi o meu primeiro contato com o mundo musical e pude aprender valiosas lições que me foram úteis na formação do ZERØ. Cometi erros que não voltei a repetir. Na verdade essa experiência foi que me levou a começar a compor e fundar uma banda. No Voluntários eu fiz uma audição e fui aprovado para ser o cantor de um repertório que já existia, mas com o qual não me identificava. A banda apontava e discutia questões pertinentes ao estado de exceção em que vivíamos, mas com um enfoque socialista e panfletário que eu achava incongruente com a condição sóciocultural dos integrantes – todos pequeno-burgueses – em oposição às bandas punks do subúrbio, essas sim com a legitimidade que eu julgava necessária pra falar do assunto.

Em meados da década de 1990, você teve uma experiência solo, tendo, por base, um repertório de música brasileira. Houve algum registro dessa fase? Por que essa guinada de estilo?

A primeira coisa que eu quis fazer foi colocar os meus recursos vocais a serviço de outros repertórios, até mesmo pra me experimentar como cantor.Existem registros oficiosos dessa fase e o mais importante foi que me descobri um bom e pródigo compositor de sambas-canção.

Ezra Pound diz que cada artista deve organizar suas influências para que o público possa localizar, o mais rápido possível, a história e a parte viva desse artista. Quais são as principais influências do Zero e de Guilherme Isnard?

Bom... Eu mesmo tive surpresas nesse quesito. Acreditava que a base da minha influência era a minha formação musical da adolescência, o rock progressivo Inglês e, mais tarde um pouco, o punk rock e a new wave anglo-americana. Mas quando fui estudar o repertório do Miltinho (cantor famoso dos anos 50/60, com quem me apresentei no SESC Pompéia no meu show de despedida de São Paulo) me dei conta de que, inconscientemente, trazia comigo influências do que os meus pais ouviam quando eu era garoto e isso inclui da música clássica à chanson française, passando pelo bom samba de teleco-teco.

O Zero, até agora, é uma banda autoral. Isto é, trabalha basicamente com repertório próprio. Se o grupo fizesse algum "cover" de qual canção seria e por quê?

O ZERØ é uma banda autoral porque eu acredito que você só deve fundar um grupo de rock se tiver algo a dizer. O que não nos impede de encontrar em outras canções o que gostaríamos de dizer. Temos vários covers clássicos no nosso repertório, canções de Renato Russo, Nando Reis, etc. Preparamos um especialmente para esse espetáculo em BH, mas manterei em suspense até o dia do show. Adianto que é uma homenagem ao fantástico álbum “Clube da Esquina” de 1972.

AMORES REMOTOS no Caroline Café Centro/RJ



Guilherme Isnard – Amores Remotos
19 e 26 de outubro / 09 e 16 de novembro


O show solo que o cantor e compositor Guilherme Isnard do ZERØ apresentou por cinco semanas no Teatro Crowne Plaza em São Paulo, finalmente chega ao Rio de Janeiro!

Por duas terças (19 e 26) de outubro e duas (09 e 16) de novembro, “Amores Remotos” estará em cartaz no Caroline Café Centro a partir de 18h.

Na performance intimista, acompanhado por instrumentos acústicos, Isnard homenageia o melhor do rock nacional dos anos 80’s, canta sucessos do ZERØ e outras belas canções.
São 20 anos de estrada e muitas histórias, serão contadas.

No repertório alguns hits do ZERØ – "Agora Eu Sei", "Formosa" e "Quimeras". Sucessos de Legião Urbana, Uns e Outros, Finis Africae, Hojerizah, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Plebe Rude. E ainda canções de Cássia Eller, Nando Reis e Renato Russo.

É possível, mas não garantido, que Guilherme apresente pela primeira vez no Rio alguns de seus sambas-canção, no melhor estilo velha-guarda

O Ministério da Saúde Pública Musical adverte:
Esse show é altamente benéfico para a saúde.
Extremamente bem recomendado.
Sem contra-indicações.

segunda-feira, outubro 11, 2004

JOVEM GARBOSO

por Guilherme Isnard para HV n°4 – novembro/dezembro de 1986

Meu nome é Narciso. Sou alegre, comunicativo, discreto, agradável, charmoso, sutilmente engraçado, determinado, inteligente e, modéstia à parte, muito gostoso.

Era uma vez...Os feios que me perdoem, mas só não se atrai irresistivelmente pelo espelho quem experimenta profundo desprazer ao se lembrar do reflexo. Assim mesmo, somente em casos de desesperadora fealdade, porque essa maravilha de adaptação que é o ser humano é capaz de encontrar ângulos favoráveis em qualquer Demoiselle D'Avignon.

A beleza é um conceito abstrato e como tal indefinível, variando incrivelmente de pessoa para pessoa. Cada indivíduo possui particulares subsídios culturais, sociais e étnicos para construir o seu próprio padrão do belo. Que acaba, na maior parte das situações, transgredindo o padrão standard da beleza consensual. Apesar de neste modelo estarem embutidas variantes tais como belezas exóticas, insossas, agressivas etc... Já que as discussões estéticas acabam chafurdando o mesmo pântano sem fundo das polêmicas políticas e religiosas, é melhor desarmarmos os nossos cérebros analíticos e render-nos encore une foi à boa e, às vezes, infalível sabedoria popular: A beleza está nos olhos de quem vê. Mesmo quando quem vê não faz a menor idéia do quê.

Beleza não põe mesa!?
Eu fiz bem em ressaltar a falibilidade dos ditos pop. É claro que uma beleza bem administrada rende os seus dividendos.
Em fugazes carreiras de modelos manequins, assim como na TV ou cinema, ou ainda no trânsito social que lhes oferece facilidades, os “formosos” costumam lucrar popularidade, prestígio e situação, mas ficam muito distantes de uma coisinha chamada respeitabilidade. Por que será? Seria possível que uma das qualidades mais invejadas entre os homens fosse também alvo de tanto preconceito? É paradoxal, mas é real: A sociedade em geral é absurdamente cética em relação ao talento dos belos. Como se a estes "privilegiados" bastasse o prazer encontrado no próprio reflexo para preencher toda uma existência, que por isso mesmo, estaria de antemão condenada à frustração. Caprichos do destino.

Deus se come-se
Todo este preâmbulo se justifica porque me colocaram em situação algo embaraçosa ao me revelarem a pauta desta edição: O NARCISISMO. Não fosse eu a capa do último número e tudo estaria bem, mas acontece que depois desta estréia como cover boy me sinto assim como que envolvido emocionalmente com o assunto. Eu aposto que o leitor criativo poderá facilmente imaginar-me pisando em ovos, de saia justa e salto quebrado. Mas estes e outros são os tais ossos do ofício.

A título de curiosidade, gostaria de dizer que a edição cuja capa estampa este seu esforçado escriba foi, para alegria do departamento comercial da empresa e para minha humilde vaidade, a que mais rapidamente se esgotou em banca. Aos meus fãs, amigos e pacientes leitores, os mais sinceros agradecimentos.
Órra meus, tão vendo? Como é que eu vou falar imparcialmente de narcisismo com a bola cheia desse jeito? Não se comoveram? Então, vamos lá, mãos à obra. Meus amores, perdoem qualquer complacência.

Pelo menos, o mito vocês conhecem, não? Bom, lá vai: Vinha andando despreocupadamente pelo bosque o garoto Narciso quando, não mais que de repente, ao curvar -se para beber num lago, o garboso efebo maravilha-se ao ver-se refletido na lâmina d'água. Loucamente apaixonado por si, mergulha para tentar alcançar-se e, se não me falo (Ops! ato fálhico) a memória, afoga-se.
Que amorzinho vertiginoso e fatal é esse que intriga as civilizações há milênios? Só pra vocês fazerem uma idéia, fui dar uma olhadinha do Dictionaire de Ia Simbologie e encontrei umas vinte páginas falando sobre o nosso colega kamikaze. Foi aí que descobri um consenso entre poetas e filósofos, colocando este mergulho como se ele fosse dado num espelho aberto para as profundezas do eu. Uma interpretação até certo ponto simplista: o mito de narciso seria um símbolo de uma atitude auto-contemplativa, introvertida e absoluta, em resumo: a busca da identidade. Mas vamos deixar a mitologia de lado e passar à pesquisa de campo.

Eu me amo!
Os lindinhos que, ao meu ver, seriam potencialmente narcisistas são, na verdade, extremamente reticentes ao comentar a própria beleza, um tipo de falso pudor, uma espécie de culpa em serem belos (saibam porque no epílogo do preâmbulo). Já entre os, digamos assim, belos não-óbvios, encontrei casos de auto-adoração aguda. O que me permitiu deduzir que existem casos em que a beleza (que, aliás, existe em todos nós) é tão sutil, mas tão sutil, que somente quem a possui é capaz de reconhecer. O que, infelizmente, reduz o círculo de admiradores desse belo "oculto" a um só: ele mesmo.
Narcisismo como medicação? Pode ser, mas não sem contra-indicações.
Ezequiel oportunamente lembrou-me de uma obra-prima narcísica dos anos 50’s, Sunset Boulevard (corra ao videoclube mais próximo!) e Alvim L evocou Gloria Swanson completamente ensandecida, sendo arrastada pela polícia após ter assassinado o marido, dizer fixando a filmadora: "Eu dedico essa minha loucura às pessoas que estão aí no escuro me vendo completamente louca, agora estou pronta para o meu close-up, Mr. De Milles". A Hollywood, Meca dos narcisos, põe o dedo na própria ferida e mostra uma atriz desgraçada pela sorte ser incapaz de, num momento trágico como esse, ter outra preocupação que não para com a adoração que ela supostamente inspiraria aos estarrecidos fãs.

A cabeleira do Zezé!
É claro que entre formosos pudicos e feiosos explícitos existe um amplo espectro de narcisos. É possível classificá-los em dois grupos genéricos: os saudáveis e os maníacos, apesar de que os limites entre eles são tênues. Exemplo: quem dança em frente ao espelho para se "sentir" na roupa é narciso, mas é saudável. Agora, se trocar de roupa mais do que duas vezes, passa para o outro time.
Apesar de ser praticamente impossível aos leigos entender os excessos dos fisicultores, constatamos que algumas profissões induzem ao narcisismo crônico, normalmente por exigir das pessoas uma carga muito maior de auto-contemplação (bailarinos, atores, artistas etc.). Afinal, quem é e quem não é?
Melhor tentar de outro modo: eu, por mero exemplo, me acho o máximo, mas também acho várias outras pessoas "o máximo". Equalizar, otimizando o handicap, é saudável. Demência é se presumir o máximo dos máximos sem admitir outro brilho que não o próprio. Deu-me vontade de fazer uma lista de máximos e péssimos, mas essa não é a hora.

Os fãs de hoje são os linchadores de amanhã.
Será que deu para formar alguma opinião? Não? Azar, porque eu já não agüento mais e vou escrever agora as últimas linhas sobre o assunto. Cuidado, que lá vem pedra!
Só a hipocrisia social obriga as pessoas a um comportamento humilde, a grande massa da humanidade é vassala e, portanto, induzida a uma conduta plácida e cordata. É justamente por isso que os comportamentos ditos narcísicos, como autoconfiança, segurança e determinação, são passíveis de serem considerados pelo sistema como nocivos ao meio.
Não pode ser verdade, a beleza, assim como outros dons, é a emanação da energia interior e, conseqüentemente, irreprimível. Portanto, meus amores, assumam e realizem sem medo o seu narciso, pois só assim poderão concluir que a felicidade não está no reflexo da própria fantasia ou ideal e conscientizem-se de que só o contraste oferece aquele algo mais.

Não posso me esquecer de citar a sábia e célebre cantora lírica das histórias de Tintin, Castafiore: "Chego a rir de me ver tão bela neste espelho".

terça-feira, outubro 05, 2004

AGENDA: Outubro, Novembro e Dezembro.

Outubro tá muito bom e sortido galera!
Tem Guilherme Isnard com Mix 80 no "Tributo a Renato Russo" - 09/JF e 11/RJ. ZERØ em "O 5° Elemento" - 16/BH. E a volta de "Amores Remotos", meu show solo - 19 e 26/RJ.

Em novembro estaremos principalmente em São Paulo:
ZERØ na FNAC Pinheiros em versão light e no Na Mata Café.
Também serei DJ convidado na Autobahn.
O meu solo "Amores Remotos" continua às terças no Caroline Café Centro no Rio.

Dezembro é vez da festa "20 e Poucos Anos" em Fortaleza!
Detalhes abaixo, programem-se amigos!


Show "Amores Remotos" - Foto: Yuri Mine

OUTUBRO:

09/10, sábado: Guilherme Isnard e MIX 80
"Tributo a Renato Russo"

Cultural Bar - Juiz de Fora/MG
Av. Deusdeth Salgado, 4300
Tel.: (32) 3231 3388

11/10, segunda-feira: Guilherme Isnard e MIX 80
"Tributo a Renato Russo"
Lona Cultural João Bosco - Vista Alegre/RJ
Avenida São Félix, 601
Tel.: (21) 2482-4200

16/10, sábado: ZERØ
"O 5º Elemento"
Matriz - Belo Horizonte/MG
Terminal Turístico JK n°1353
esq. de r. Guajajaras e av. Olegário Maciel
Tel.: (31) 3212-6122

19 e 26/10, as terças-feiras: Guilherme Isnard - Solo
"Amores Remotos"
Caroline Café Centro - Centro/RJ
Rua da Assembléia, 13
Tel.: (21) 2220 9008

NOVEMBRO:

05/11, sexta – ZERØ
“O 5° Elemento” (Diet)
FNAC Pinheiros/SP , às 19h
Av. Pedroso de Moraes, 858, Pinheiros em São Paulo.
Tel.: (11) 4501-3000
FNAC

06/11, sábado –
DJ Guilherme Isnard
“Punk/New Wave, 80’s”
na
AUTOBAHN
Darta Jones, às 22h
R. dos Pinheiros, 573 – Pinheiros/SP
Informações: 7138-6880/3082-4430
Preços com desconto (nome na lista):
R$ 5 de entrada e R$ 5 de consumação
Inscreva-se até as 19:00 do dia da festa no link.
AUTOBAHN

08/11, segunda – ZERØ
“O 5° Elemento”
Na Mata Café, à partir de 22h
Rua da Mata, 70 – Itaim Bibi/SP
Reservas (11) 3079 0300
Na Mata Café

09 e 16, terças –
Guilherme Isnard (solo)
“Amores Remotos”
Caroline Cafe Centro, ás 19h
Rua da Assembléia, 13 Tel.: (21) 2220 9008
Caroline Cafe

DEZEMBRO:

11/12, sábado –
Guilherme Isnard
Festa "20 Poucos Anos"
Fortaleza/CE
20 Poucos Anos

sábado, outubro 02, 2004

Chegou o dia! É hoje galera, assistam!

O grande dia, aguardado ansiosamente por todos nós, finalmente chegou, mas a felicidade desse momento não nos impede de recordar quão importante foi e tem sido o apoio dos amigos, fãs e do nosso staff.



Jorge Pescara, Luiz Bertoni, Yan França e eu, dedicamos esse dia especial a Fabiana Gontijo Albergaria, Stefan Santana e Dawn, Renato Donisete, Débora Nassuti, Fernanda de Souza Pinto, Estela Alcântara, Patricia Cruz, Simone Lima, Luciana Arraes, a todos os amigos da lista e-groups do ZERØ e aos técnicos e músicos maravilhosos que já nos acompanharam em parte desse caminho: Valeu Edu, Freddy, Ricky, Malcolm e Athos - Sem vocês teria sido mais difícil. Gratos também a João Paulo Mendonça, Dudu Caribé, Sergio Nacife, Gastão Villeroy, e ao Kim Pereira, vocês foram demais. Tato Corbet e Cuca Lima, muito bom contar com vocês.



Mas acima de tudo um grande abraço e a nossa gratidão ao Serginho Groisman, Patrícia Rosselli, Rita Almeida Pinto, Danielle Costa, Cidinha, a toda equipe técnica e a produção do Altas Horas.



sexta-feira, outubro 01, 2004

ALTAS HORAS está chegando, lá lá lá...

Pra Luciana ver que eu posso sim postar aqui as fotos do multiply. Até as que, como esta, não estão abertas ao público em isnard.multiply.com.
Sorry darling, :) hehehe...


O sorriso predileto da Lu e PR, 20 anos depois.

quinta-feira, setembro 30, 2004

ERA UMA VEZ...

Por Guilherme Isnard - HV nº2 junho/julho 1986

E o sapo se não disse pensou:
- Numa época menos sofisticada sexualmente
um simples beijo quebraria o encanto e me faria voltar a ser príncipe, no entanto hoje, preciso mesmo é de uma boa f...

Era uma vez...Nestes dias de emancipações sociais e sexuais, relativa democratização de direitos e de sacrifícios econômicos, somos amiúde obrigados a deglutir um ou outro batráquio mais fornido. Triste sina! Não fosse a chance de contarmos com um Sapaim a postos no Alto (ou seria baixo?) Xingu. Sem dúvida um poderoso anti-vudu contra qualquer dendrobata mais renitente que teime descer-nos goela adentro.

Um único senão seria capaz de empanar o brilho dessa rara e miraculosa intervenção da cultura indígena no meio urbano: A provável escassez total da matéria-prima necessária às ditas "pajelanças". Exorcismos "sapais", conforme visto em cadeia global, exigem erva abundante e de especial qualidade, o que é exatamente o oposto da atual situação de mercado, quadro atípico que esperamos ser passageiro. Queria só ver pajé se virando pra apertar um "charo" daquele tamanho com essa palha que está rolando por aí. O brasileiro coitado, parece à mercê da peçonha de cobras e lagartos por absoluta falta de antídotos... Simplesmente absurdo.

Pretendemos acima ter feito uma atualização da interação homem-natureza, no que diz respeito às conseqüências do convívio forçado com os seres de sangue frio entre os quais, na opinião categorizada de Jung, a rã seria o que mais se aproxima anatomicamente do homem. Essa estranha coincidência reporta ao real objeto de nossa humilde análise: O sapo, enquanto identidade secreta de super-herói.

Então recapitulando: Sapos são úmidos, gosmentos e (hirk!) viscosos. Normalmente só servem pra fumar até explodir ou então amanhecer (para alegria da criançada) boiando mortos na piscina. Isso sem falar é claro, das minuciosas dissecações ginasiais (pronto, agora os politicamente corretos e mal-humorados vão me linchar). Acontece que por obra de um especial sortilégio, podem esconder sob sua nojenta aparência o maravilhoso e disputado (a unhas) "Mancebo do Corcel Branco", o que obriga as castas donzelas a superar o asco inicial e submeterem-se a beijar (argh!) ternamente a bocarra dessa coisinha horrorosa e pestilenta esperando assim quebrar heroicamente o encanto de seu brioso prometido.

Pobres vítimas de uma circunstância trágica se não fosse cômica. Os antigos, com os rodeios de sua habitual sabedoria, parecem ter imaginado adiantar, ambientado na Idade Média, o conceito de que as delicadas mocinhas tinham de "gastar o beiço" com muito sapão convicto até encontrar um, cansado da boêmia, disposto a conversão à nobreza e todo o cerimonial que isso implica.

Cá entre nós, a velha e boa bruxa má bem podia ter deixado um anel com brasão, uma coroinha, alguma dica de um resquício da realeza dessas repulsivas criaturas, que poupasse essa verdadeira roleta-russa às incautas e ansiosas pretendentes.

Parece que só pra piorar um pouco essa belezinha de situação, alguns batráquios contemporâneos, invejosos dos colegas elefantes, resolveram instituir prendas mais consistentes do que o já popularizado ósculo. Afinal (reclamam eles), sapo também tem direito a pós-modernidade romântica, que papo é esse de beijinho no limiar da pan-sexualidade cosmopoligâmica? Em outras palavras: pode ir abaixando as calcinhas sweetheart, que eu já te mostro o cetro. Que papel!

Profundamente constrangidas pela inédita e explícita exigência, as ingênuas moçoilas que antes sacrificavam apenas inocentes bicotas na busca da sorte grande, agora são inapelavelmente coagidas a entregar o "trunfo" logo de cara. Esquecer da Jovem-Guarda ("...estou guardando o que há de bom em mim...") e soltar a franga, comprando no escuro muito gato por lebre, se entregando a lobos em pele de cordeiro, até finalmente flagrar seu sapo outrora príncipe e, como reza a lenda, ser incrivelmente feliz para todo o sempre.

O desgastado jargão "ou dá ou desce" aparece resgatado e supervalorizado nesse novo "games frogs play", todos os riscos por sua própria conta. Nada de original. Na ótica desses girinos taludos, a regra básica é: dê agora e reclame jamais! Nem sonhar com aquela estória da satisfação garantida ou...

É realmente muito triste ter de encarar essa barra de ser tão intimamente checada e apostar tudo por um sonho no escuro e depois descobrir um príncipe (ex-anuro) com o coração trancado e impermeável a qualquer "Abre-te Sésamo". Nesse caso meu amor, a única solução é correr até a xangozeira mais próxima, acender uma vela e tomar uns passes com pepsamar, porque esse especial batráquio após engolido, torna-se terrivelmente indigesto, ocasionando dolorosas e permanentes seqüelas emocionais.

Como você pode ver, o azar é unicamente seu se depois de anos tentando converter um baita sapão cascudo que prometia (a seus olhos) castelos no ar, descobrir frustrada que quem está virando rã é você. Acorde enquanto é tempo e nunca mais esqueça: seja sedutoramente bela, porém jamais adormecida.

Seria fácil, se não fosse imundamente machista, reconhecer aos garbosos príncipes latentes o direito à rigorosa seleção de suas futuras e (sem esquecer Vinícius) eternas partners. Afinal, a condição "sapal" proporciona uma vida folgazã de penumbra e água fresca, cantando à beira do rio quando faz frio em alegre e coletivo coaxar, tendo aparentemente como única missão na vida esticar vez em quando a língua e pescar uma suculenta mosquinha em despreocupado vôo, cuidando somente de não abrir demais a bocarra e ficar barrado no baile do céu. Quem troca essa moleza por um insosso beijo e assume essa loucura de prisões na torre, dragões flamejantes e bárbaros invasores (abro parênteses com o intuito de novamente elogiar as sábias metáforas para o lar, sogras e cobiçosos de princesas alheias) ou é louco ou tem realmente o tal sangue azul nas veias, sonhando por capricho com um sistema cardiovascular calafetado.

Somente a título de fidelidade histórica, lembro ainda da categoria dos fetichistas alquímicos. Desses, alguns costumam sair toda noite madrugada afora, com um ridículo sapatinho de cristal debaixo do manto, dispostos a experimentá-lo em todos os pezinhos de possíveis Cinderelas. O único perigo que aí reside é o de que depois da meia-noite, qualquer mortadela vira presunto, ou seria abóbora?

Outros vivem acariciando a cabecinha da pomba na expectativa de descobrir alguma "saliência" que denuncie a cabeça de um alfinete que, retirado, revele uma ninfa encantada. Algo assim como o pino de uma granada. Pobrezinhos, esses vivem caindo nos "contos da fada" que poderia ser uma prima, mas não passa de uma infame rima.

Finalizando em estilo shakespeariano: Sapo ou príncipe? Eis a questão!

Questione, mas enquanto isso... na pior das hipóteses, relaxe. Mas com dignidade, tenha sempre em mente a sua privilegiada condição de pré-princesa e lembre-se: Gata sempre, borralheira nem pensar!


O BISSEXUALISMO - 1986

Olá amigos,
Eu andei relendo as minhas antigas crônicas para a extinta HV — a primeira das revistas "mudernas" — editada pelo meu saudoso amigo Andrea Carta e achei que vocês talvez gostassem de ver esses velhos textos pois me pareceram ainda atuais e até proféticos, se considerarmos que já se vão quase duas décadas. Espero que se divirtam tanto quanto eu.

O BISSEXUALISMO
Por Guilherme Isnard para HV nº1 – abril/maio de 1986.

Um breve relato sobre tudo o que você sempre quis saber, mas que não teve a coragem de pesquisar.

bissexualismoO bissexualismo e você.
Chegar em casa antes do previsto e perceber sussurros. Abrir a porta do quarto com o coração na mão e descobrir dois corpos enlaçados. Um aroma explícito denunciando a febre do casal.
Parece tele-tema, mas é a vida e a única coisa que tem de novo nessa estória é que ela não é a da esposa que flagrou o marido com "alguma dessas", Tão pouco a do marido que encontra o vizinho “prestativo” resolvendo todos os problemas de madame.
Essa poderia ser a realização de uma das menos inspiradas e recorrentes fantasias masculinas: Encontrar a própria mulherzinha traçando aquele tesouro de amiga da aula de musculação. Ou então a decepção total da princesa que finalmente entende aquela estória de "lança" entre seu consorte e o fiel escudeiro.

O outro lado da meia-noite.
Forte, né? Mas essa surpresa, de encontrar outras nuanças na libido do/a parceiro/a, dependendo do sangue-frio e do apetite, pode ser muito agradável. A estatística desconfiável diz que as mocinhas costumam broxar inapelavelmente quando descobrem seus Apolos brincando do outro lado da meia-noite. Enquanto que os rapazes, na maioria das vezes, concretizam a tão sonhada "ménage à troi". Afinal o bissexualismo feminino costuma ser visto com muitos bons olhos pelos chauvinistas, chega a ser prática altamente recomendável. O engraçado é que essa mesma ótica provoca a aproximação sexual das mulheres que assim conseguem estabelecer uma intimidade necessária justamente para suportar a opressão do macho.

— Eu adoro um rapagão tinindo, vigoroso. Eu gosto mesmo é de macho, essa coisa de espada e bainha, entende? Mas também acho a maior graça em amar (não no sentido bíblico, é claro) um ser que menstrua e pari como eu, questão de afinidade, entende? Essa amiga, entusiasta da modalidade, me contou ainda:
— Sou bissexual porque não tenho “preconceito contra mulher” !?? Pode? E por isso ela mantinha relacionamentos homo de compreensão, identificação e... Muita sacanagem, que ninguém é de ferro. Essa parece ser a categoria que engloba a maioria dos (em linguagem chula) giletes. A do glutão sexual.
— Meu amor! Ser "bi" aumenta no mínimo em 50% as minhas chances de encontrar a "alma-gêmea" numa party ou night-club. Tentou me doutrinar outro amigo, em tom seriíssimo. Como se a vida fosse só encontrar parceiros de qualquer gênero, sexualmente dispostos.
Sinal dos tempos, a libido insaciável parece ignorar que cobertores outros, que não de orelhas, existem há milênios.

"Bi" por contingências.
Os bissexuais ocasionais são pessoas com curiosidades a resolver que ainda não tiveram a chance de, como diz o bom Edu, "optar". Estes geralmente resolvem definitivamente a sexualidade depois de cair um pouco no balaco, mas às vezes continuam "cortando dos dois lados" como válvula de escape para o homossexualismo enrustido e/ou reprimido. Que nem naquela estória do garotão que estava descobrindo as delícias do bas-fonds quando trombou com o pai, cristão repressor, botando pra quebrar num inferninho gay.

Existem também os bissexuais etílicos ou adeptos de outras drogas, tipo aquele amigo/a que você admira por estar sempre bem acompanhado/a e um dia, já de pilequinho ou doidão, manda o célebre mãozão na coxa e começa com aquele papo aranha de descobrir a sexualidade no mesmo sexo e que só um igual pode te dar o verdadeiro prazer. Constrangedor! Mas não se preocupe, amanhã ele jura que não faz idéia do que aconteceu depois da fatídica meia-noite e pede desculpas. Vão-se os anéis, mas salvam-se as aparências.

Nelson Rodrigues... Err, quer dizer Freud, explica!
Interessante mesmo foi conhecer um pansexual confesso, filho de um ex-ditador centro-americano, que entre outras variantes de prodigiosa criatividade me contou emocionado a iniciação erótica de sua linda cadela collie de pêlo dourado.
Sexo em amplo espectro. Haja tesão!

Apetites fantásticos à parte, os "Bi" têm um argumento de peso: Você sempre sabe de como gostaria de ter prazer, o que é muito proveitoso quando aplicado em parceiros homo. Tocar onde deseja ser tocado parece que facilita as coisas. Eles dizem também que o paraíso "bi" é Paraty. Perguntei por quê e só obtive abstrações como resposta:
— Coisas do clima... Da vibração... Podes crer! Parece que é lá que pinta o tal do "tesão sonrisal" que até agora também não entendi direito o que é, deve ser assunto só para iniciados. Pesquise!

Do meu lado só posso contar que a minha melhor namorada (parece papo de Kid Abelha) se superou no dia em que, entre tímida e cruel, resolveu socializar o namoro dela com outra sereia do mesmo naipe, com quem vinha me traindo há semanas sem levantar suspeitas. Melhor que isso, só dois disso, o povo disse e eu endosso.

Divirtam-se crianças.
Mas cuidado nunca é demais, lembrem-se que o Doc avisou que a SIDA acabou com a estória do lavou-tá-novo. Portanto, divirtam-se "moderadamente", que a bruxa está solta, e a fim de exploser avec la bouche de le balon!

PS. Aguardem ansiosamente nesse mesmo sex-canal os próximos capítulos de "A moderna sexualidade subtropical” Tudo sobre o transexualismo. Relatos sobre estupros demoníacos e casos afins, como o comovente depoimento de uma índia ribeirinha que engravidou vítima indefesa (tá boa?) do boto tarado e também um verbete especial dedicado aos inter-relacionamentos domésticos (Elektras, Edipos etc...) apresentando uma análise profunda da psique daquela madame que pichou enfaticamente nos muros dos jardins:
— Filhinha, mamãe tá louca pra te comer!

quarta-feira, setembro 22, 2004

Extrato do Blog PR.5

Altas Horas - 20/09/2004
por: Paulo Ricardo

Oba!
(...) Sexta foi um dia muito especial, gravamos um Serginho maravilhoso. (...)
(...) E qual nao foi minha surpresa quando me convidaram tb para relembrar com o ZERØ de Guilherme Isnard & cia, o sucesso "Agora Eu Sei", de 85. Em resumo, um puta programa (...) Dia 02/10, nao percam!
Bjs PR

Ps.: Clique no link do título pra ler o comentário na íntegra.

BH aqui vamos nós!!!!!

ZERØ em BH

terça-feira, setembro 21, 2004

Show na 21º Expo Music e canja com os Inocentes no EXXEX.

No sábado, um dia após a gravação do AH, tocamos no Music Hall da 21º Expo Music.
Foram apenas cinco canções enquanto os jurados apuravam a votação da melhor música de um festival de novos talentos patrocinado pelo evento (grande iniciativa que merece ser copiada).
O auditório lotado do Expo Center Norte adorou a surpresa.

Na madrugada eu tive o prazer de subir ao palco do EXXEX pra cantar três músicas com o meu amigo Clemente e os seus INOCENTES

Isnard no Exxex
Foto de Renato Yada - Ronaldo, Clemente e eu.

Mandei "Brand New Cadillac"- The Clash, "Até quando Esperar" e "São Paulo" - 365. Adorei tocar com uma banda punk, me diverti muito, mais ainda por dividir o palco com um amigo tão bacana.
Clementino, valeu cara!

O melhor da noite foi que eu me esbaldei de pogar trombando em Renato Yada e no Fábio!
Mas fiquei mesmo muito feliz de reencontrar amigos de 20 anos - militantes da comuna Orkutiana "Pânico em SP" - como o Pamps (Smack) e a Simone Lima (minha gentil hostess), o Julinho (Ghetto), e os meus novos "velhos" amigos a Leilah e o Daniel, o Regis e a Andrea, o Marcelo Tailão, a Rosa Freitag, o Rodrigo Araujo, a Luciana (que veio do Rio só pra ver o show), a Renata Violante e a Fernanda. Também tive o prazer de conhecer a Petra Pappon. Sem falar é claro na alegria de dançar ao som do melhor da new wave em um set espetacular do Angelo Leuzzi proprietário dessa casa maravilhosa que vale a visita e a frequência.
Nunca vi uma night rock house tão bela no mundo!!!
Parabéns Angelo! EXXEX é tudibom!



Altas Horas foi D+ "Agora Eu Sei" e "Centúrias"

Meus queridos,
Com a ajuda e boa vibração de todos chegamos lá!
Aguardem no dia 02/10, após o supercine, ZERØ no Altas Horas.
Lord Serginho e sua equipe nos receberam com carinho e consideração, daí foi fácil nos sentirmos em casa e desempenharmos um bom papel.

Tivemos a honra da participação extra especial dos classic ZERØs Freddy Haiat (teclados) e do Ricky Villas-Boas (violão) que veio direto do aeroporto (chegava de Amsterdam) para a gravação. Sentimos muita saudade do Eduardo Amarante que mora em Salvador, mas ligamos da maquiagem da Globo e falamos todos com ele. Malcolm e Athos estiveram presentes em nossos corações.
Paulo Ricardo foi muito bacana em dividir comigo os vocais de “Agora Eu Sei repetindo um dueto de 20 anos atrás. Muita emoção!
Rodrigo Santoro e Marisa Orth (entrevistados) disseram estar muito felizes com a nossa volta.
Encerramos com Centúrias, que se provou uma escolha acertadíssima, pois logo antes do nosso bloco o Serginho entrevistou dois fotógrafos da guerra do Afeganistão e exibiu imagens tragicamente belas desse triste desatino. Daí eu pude dizer do absurdo e estupidez que é a guerra como instrumento de paz o que é justamente a mensagem dessa canção.

Ela é narrada pelo tempo, que avisa que no andar dessa carruagem corremos o risco de retornarmos ao tempo em que os répteis dominavam a terra.
Ou seja, no more humans on the earth.

Para os iniciados o réptil tem uma conotação muito mais sinistra, pois envolve os alinhamentos energéticos na transição para a 4ª dimensão e a consequente possibilidade de dominação do universo conhecido pelos reptóides/reptílicos.

CENTÚRIAS (clique para ouvir)
Guillaume Isnard & Fred Nascimento

Ando no escuro, vejo o futuro
Sou celacanto no fundo do mar
Anjo profano, sono profundo
Falta um segundo pro mundo acabar

Confio no pai, confio na mãe
Confio no espírito-santo também
Confio no filho, confio na luz
Confio nas trevas, confio em ninguém

A sangue-frio se inventa a bomba H
Mais violência em nome da paz
Sou do futuro e vim pra te avisar
Que o réptil anda atrás

Vivo no escuro, na sombra do mundo
Anjo caído no fundo do mar
Vejo o futuro de cima do muro
Falta um segundo pro mundo acabar

A sangue-frio se inventa a bomba H
Mais violência em nome da paz
Sou do futuro e vim pra te avisar
Que o réptil anda atrás

Eu não sou Jesus
Esqueçaam de mim
Me deixem que eu vou dormir em paz

Eu não sou Jesus
Me tirem da cruz
Eu juro que nunca vou voltar
Eu nunca vou voltar
O réptil anda atrás


No pós-gravação fomos todos, mais a Fernanda, a Paula Elvira, a Renata Violante que foi a nossa prestativa "band transporter", a Luciana, a Fernanda, a Simone Lima e o Cuca assistir ao show da nova banda "Disco" do Athos Costa. Nos divertimos muito ao som de KC and the Sunshine Band.

quinta-feira, setembro 16, 2004

ZERØ na Expo Music e Guilherme Isnard com Inocentes.

Olá amigos!
Posto diretamente de São Paulo, na véspera da gravação desse programa histórico da nossa carreira pra dar uma notícia de última hora:
20 anos depois o Paulo Ricardo vai cantar conosco!
No menu Altas Horas, "Agora Eu Sei" com Paulo Ricardo e "Centúrias".

Neste sábado as 17h o ZERØ estará tocando na 21ª Expo Music:
Logo mais, na madrugada do mesmo dia eu terei a honra de dividir o palco com o Clemente do Inocentes, que me convidou pra dar uma canja no seu show no EXXEX na rua Clodomiro Amazonas 99 - Itaim.
Quem estiver em SP pode prestigiar os dois eventos.

sexta-feira, setembro 10, 2004

ZERØ no ALTAS HORAS!!!

Finalmente chegou a nossa vez amigos!
Dia 17/09, sexta-feira gravaremos em SP o programa mais inteligente e democrático da TV aberta o Altas Horas do Serginho Groisman que irá ao ar no dia 02/10, véspera de eleições, portanto lei seca, portanto fiquem em casa nos assistindo que valerá mais a pena.

domingo, setembro 05, 2004

MIX 80 na Symbol Club/RJ - dia 14/09 - Terça-feira.

Terça depois do feriado tem show do MIX 80
na SYMBOL CLUB

E eu estarei mais uma vez ao lado dos parceiros Toni Platão, Eduardo de Moraes, Major Nelson, Wlad, Rob Robson e Beral, no melhor show 80's ever!

No dia 14 de setembro a Symbol traz pra você o show da banda MIX 80 tocando os maiores sucessos do rock nacional.
Trazendo sempre um convidado especial, a banda traduz a essência do rock n' roll tupiniquim.
Não perca esta super atração.

Av. Almirante Barroso 139, Centro - RJ.
Informações e Reservas: (21)2533-0292

IMPRIMA O FLYER CLICANDO AQUI!






quinta-feira, setembro 02, 2004

Isso aqui me fez chorar que nem criança... (Tribuna da Imprensa/RJ 02/09/2004)

ABUSO DE PODER

(retirado a pedido da autora mas é só clicar no link que dá pra ver quem escreveu)

"Governos vem e vão / E nesse vai e vem promessas mil.
Farsantes de plantão / Brincam de arruinar o seu país.

E fazem tanto mal / Tem ordem superior.
Não quero acreditar / Que essa gente é feita /
De cinismo e podridão.
As lendas sobre o bem / Que nunca vão se confirmar.
São lendas sobre o bem...
Abuso de poder / Quem mais tem mais quer e é sempre assim.
Ladrões de ocasião / Fazem da ambição o meio e o fim.

E causam tanto mal / Tem ordem superior.
Não quero acreditar / Que essa gente é feita /
De cinismo e podridão."

(Fragmento de Abuso de Poder, de Guilherme Isnard e Celso Fonseca, composta em 1986)

Dezoito anos depois, os farsantes continuam, feitos de cinismo e podridão, brincando de arruinar o meu país. Pintei a cara, briguei por liberdade, e o horário eleitoral me mostra que tudo o que eu exigi não era o que eu imaginava. Está chegando a hora de depositar o meu voto na urna, escolher o candidato que vai me representar, representar as minhas idéias, e eu simplesmente não consigo me sentir representada por nenhum deles. Não quero que se orgulhem de criar um feriado santo em meu nome, não quero vereadores expulsando o FMI em meu nome, não quero seres onipotentes com soluções na ponta da língua. Como eu posso me sentir representada por um candidato que, incapaz de saber o que pretende e sem força de vontade suficiente para decorar duas frases, precisa ler (e muito mal) um texto de 15 segundos? Leva meu voto aquele que for capaz de mostrar a cara e falar: “ Não sei o que fazer, mas vou tentar descobrir". Esse é o candidato que eu quero que me represente: alguém que, assim como eu, tenha mais perguntas que respostas, e mesmo sem garantias de sucesso, esteja disposto a tentar.

Desisti de procurar opções na política partidária e me interessei por um grupo chamado “Brasil, uma solução Brasileira". Por uma incrível coincidência, esse grupo foi criado pelo mesmo Guilherme Isnard da música acima. Dezoito anos depois, ele ainda não desistiu de continuar tentando. E tentando da forma mais bonita possível: Debatendo idéias. Ele, ídolo e símbolo sexual absoluto da minha juventude, podia passar suas tardes deitado no sofá, aproveitando a fama e criando frases de efeito para usar em entrevistas. Mas preferiu o debate anônimo, tentar entender o problema, tentar descobrir soluções. Tentar. Procurar. Buscar. Trabalhar. Suar. E eventualmente, Encontrar.

Meu voto é do Guilherme Isnard. Mas ele não é candidato. Assim como Herbert de Souza também nunca o foi. Já doente, Betinho idealizou a Ação da Cidadania Contra a Miséria e Pela Vida, o melhor programa de conscientização social jamais visto no Brasil. E sem precisar pedir um único voto. Sem precisar enganar um único eleitor. Quem promete, não quer fazer, e quem quer fazer, não precisa prometer. Mais do que políticos onipotentes, a nossa sociedade precisa de não-políticos com vontade de trabalhar.

Quanto à imensa maioria dos candidatos, ajudariam mais se abandonassem a política e começassem a varrer a própria calçada e a plantar flores nas praças.

quarta-feira, setembro 01, 2004

SHOW do ZERØ no La Playa!

ZERØ no La Playa!

O 5º Elemento o novo show do ZERØ que acontece nessa sexta no La Playa na Ilha do Governador mostra que eles encontraram um outro tom. A mistura estranha de carinho e porrada única dessa formação sintética. História e tradição sim (são 20 anos de estrada), mas criativamente voltadas ao futuro.

A guitarra de Yan França, o baixo de Jorge Pescara, a bateria de Luiz Bertoni e a voz de Guilherme Isnard destilam sonoridades instigantes, sedutoras, energéticas e poderosas em arranjos que evidenciam o bom e sábio roquenrou.
O material inédito surpreende e dará origem ao primeiro CD de novas canções nos últimos 15 anos. As letras, mesmo com novos parceiros, continuam versando sobre o que mais encanta Isnard: O 5º Elemento, o amor em seus desdobramentos físicos, emocionais, existenciais, sociais, políticos, científicos e espirituais, como em "Pra poder dormir em paz" com Sérgio Serra, "Estrelas" e "Balada de uma tarde cinza" com Fred Nascimento e "Verdadeiro amor" e “Quando os anjos dizem amém" com Yan França e Régis Bittencourt.

Para não frustrar os fãs, Guilherme canta alguns dos antigos sucessos do ZERØ como "Agora Eu Sei", "Formosa", "Quimeras", “A Luta e o Prazer" entre outros, acrescentando a isso hits de bandas como Legião Urbana, Uns e Outros, Finis Africae, Hojerizah e ainda canções de Cássia Eller, Nando Reis e Renato Russo.

O Ministério Público Musical adverte:
Esse show é altamente benéfico para a saúde, recomendado e sem contra-indicações.

Serviço:
O MELHOR DOS ANOS 80's com show ao vivo TONI PLATÃO E ZERØ.
Comemorando o aniversário da Ilha do Governador, o La Playa, traz para você, o MELHOR DOS ANOS 80, com a festa GERAÇÃO COCA COLA e na primeira semana, super show com TONI PLATÃO E ZERØ.
NOS INTERVALOS DJ ADRIANO.
Telefone: (21) 2466-1007 e 2466-3047
http://www.laplaya.com.br/
INGRESSOS ANTECIPADOS R$ 10;
NA HORA COM FLYER R$12;
SEM FLYER R$ 15.

quinta-feira, agosto 26, 2004

Ah-há! Consegui, com a ajuda da Sil, do Stefan, da Ana e do Avery eu cheguei lá


Inauguro a minha nova habilidade com a imagem de um fundo de tela criado por Stefan Santana sobre a foto do Yuri Mine.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Coluna de Mauren Motta no Jornal Zero Hora - Porto Alegre/RS - 30/07/2004

Paulicéia querida

Inacreditável o tempo que a gente perde em São Paulo. Todas as grandes avenidas estão em obras. Quando morei lá em 1998, já ficava chocada e irritada com a lentidão do trânsito. Mas agora passou dos limites total! Perder 45 minutos para andar um quilômetro é o cúmulo.

Por outro lado, tem coisas que só rolam em Sampa. Desta vez, o motivo da minha viagem foi a coletiva do filme Hellboy e o Amni Hot Spot. Cinema e moda, duas coisas que adoro. Além disso, essa cidade é um prato cheio de novidades. Dá pra fazer um programinha diferente a cada dia. Reservei o meu tempo livre para assistir a alguns shows.

Com a casa cheia, o ZERO subiu ao palco do Bar Avenida na mesma noite que o Violeta de Outono. Parecia que eu tinha voltado 15 anos no tempo. Na minha adolescência, essas bandas eram superconhecidas, depois não ouvi mais falar. Estava curiosa. A expectativa foi superada quando tocou Agora Eu Sei, hit do ZERO. Guilherme Isnard, vocalista, tá ótimo. O cara, que sempre teve uma personalidade marcante e voz forte, parece mais tranquiilo no palco. A passagem dos anos não inibiu os sonhos do careca bonitão. A impressão que se tem é de que ele ainda pode estourar. Sabe como é, ficar conhecido pela moçada que descobriu tardiamente outras bandas dos anos 80, como o Capital Inicial.

É por essas e por outras que amo São Paulo. Adoro também a terrine de cabra do SPOT, o frozen yogurt do América, o X-vegetariano do New Dog, e o sushi de enguia do Nagayama. Amo catar tranqueiras na 25 de Março, andar pela sofisticada Oscar Freire, bisbilhotar as feirinhas da Benedito Calixto e Bixiga e as barbadas do Bom Retiro.Para pegar fôlego, vou dar uma paradinha no Ibirapuera. Tô na corrida entre uma pauta e outra e suuuperengarrafada...Beijolas cosmopolitas.


Valeu Mauren!!!!
Suas palavras generosas chegaram em muito boa hora, gratos!

quarta-feira, agosto 18, 2004

Fotos - Alguém me explica? Plis?

Eu adoraria postar fotos aqui, alguém sabe me dizer como?
Essa semana mesmo, em Friburgo onde eu cantei no encerramento da maior feira de lingerie da AL, recebi um CD com as fotos do nosso show lá no Manhatan.
A Ida Feldman também me mandou as fotos incriíveis que ela fez do show de Sampa.
Gostaria de compartilhar com todos.
Quem me ajuda?

\o/\o/\o/ - Aplausos pro Stefan!

Clap! Clap! Clap!
CARACOLES!!!!
Que coisa boa!
Que surpresa!!

Stefan Santana, U'r the very great top monster of the bests!
Ficou claro que eu aaadooooreeeei não?
Vocês também podem elogiar, o cara merece.

Cheguei aqui pra postar a novidade da estréia na primeira parceria com o baixista Jorge Pescara e dei de cara com esse template de presente, valeu cara. Ficou lindo!

Mas o fato é que a nova composição é um excelente testemunho. É sinal de que a banda está funcionando orgânicamente. Se a banda toda não compõe, não é som de banda.
Mas há controvérsias no universo pop/rock...

segunda-feira, agosto 09, 2004

Especial do ZERØ em Frisco - Conforme prometido.

Vejam só que coisa mais bacana!
O nosso amigo internacional Gustavo Lino nos fez a graça de editar um especial do ZERØ no seu programa na KUSF, 90.3 FM em San Francisco - California.
Chique não? Mais chique ainda é que eu fui entrevistado para o especial pela doce e brilhante Leilah Accioly que o Gux conheceu nas andanças Orkutianas e espertamente convidou pra correspondente internacional.
Você gostaria de ouvir?
Clique Aqui e depois comente.

quarta-feira, agosto 04, 2004

NOVIDADES!!!!!!

Olhem só o e-mail que baixou na minha cx postal:

Olá!
Preciso saber o contato da banda Zero pois gostaríamos de convidá-los para o programa Altas Horas.

Abraços,
Danielle Costa

Caramba!!! Será que agora vai?
Se for verdade eu preciso organizar uma novena de agradecimento a todos os amigos e fãs que mandaram um e-mail pedindo a nossa participação.
E também ajoelhar e rezar pro profético Sergito!
Yoohooooooooo!!!!!

terça-feira, agosto 03, 2004

Só faltou falar do programa do Gustavo Lino em San Francisco

ESPECIAL ZERØ NA CALIFA!

Mas isso nem eu sei direito ainda como foi, ele me garantiu que vai me mandar por e-mail o programa e que tem um link pra galera ouvir. Logo mais eu atualizo.
Só adianto que foi uma entrevista da incrível Leilah Accioly comigo e que rolaram várias canções no programa do queridão Gux Caramujo na KUSF FM de San Francisco!

Canjas Paulistas e outros babados.

Na sexta no "Pagode Nuclear" o Mingau, grande baixista do Vega e de outras tantas bandas, me convidou pra dar uma canja no show da Fabulosa Orquestra de Rock do maestro Roger Moreira (Ultraje) que acontece toda quarta-feira no mesmo Avenida. Claro que eu aceitei rapidinho e na quarta pontualmente 'as 15h lá estava eu pronto pra passagem de som.

O show da Fabulosa é um hit-parade de rock dos anos 50´s e 60´s com big band e coro. Até público vestido a caráter tem. Resolvemos que eu cantaria Brand New Cadillac do The Clash que eu já tinha cantado com o Philippe Seabra da Plebe Rude no Clash City Rockers. Ou seja moleza, mas que nada, os caras tocavam num tom super alto e eu tive que me jogar com tudo pra não fazer feio. Thanxs god pelo gogó que segura a onda. Valeu Roger!!!

Daí eu acho que o meu manager Mingau se empolgou e ligou pro Leo Jaime e na quinta-feira lá estava eu no palco do Na Mata ao lado desse queridão pra cantar Agora Eu Sei e Até Quando Esperar. O público do Leo é tudo de bom, a casa estava lotada de lindas meninas que deliravam com os gorjeios do cara. No bis cantamos, quero dizer... Ele cantou (eu só fiz ú-ú-ú hehehe) Nada Mudou e As Sete Vampiras. Festa geral!!!! Valeu Leo!!! Valeu Mingau!!!

Sexta-feira foi dia de receber o Clemente pra uma gravação de entrevista pra Show Livre, um na Porta na casa da Estela Alcântara que se estendeu pra casa da irmã Renata. Até cantar meus sambas eu cantei, o melhor é que passa on-line, todo mundo vai poder assistir.

Eu ia comentar o show. Mas daí li o que a Leïlah Accioly escreveu na comunidade ZERO ABSØLUTØ do Orkut e surrupiei.

Formosa noite na maturidade.
Por Le�lah Accioly

Avenida Club, domingo, 25 de julho. Frio seco estapeando as fuças, gotiquinhos mirins exibindo suas línguas furadas em beijos escandalosos a três e batendo fotos de suas proezas na primeira fila, ecos de Depeche Mode e algumas panças, tábuas há duas décadas, sacolejando sorrindo. O Violeta de Outono tinha nos deixado abandonados numa tempestade de slides, florestas multicores movendo-se como enigmas, dinâmica e psicodelia. E era só um trio. Cantaram glória e memória. Após o intervalo com DJ na escura boate-com-palco, entra o Zero. O avatar desta comunidade estendido em bandeira ao fundo. Guilherme Isnard traja couro preto, jaqueta e calça e uma camiseta cheia de inscrições em vermelho metalizado. O vocalista dança escorregadio, ilustra versos com gestos em perfeita sincronia, faz movimentos reptilianos. E canta como se todas as suas veias fossem explodir e com elas explodem melodias e verdades pra vida inteira sobre amor, redenção, ressurreição e busca. Eis um homem apaixonado pelo que faz e que domina sua arte. A banda é vigorosa, as novas canções sensuais e emocionadas. Confesso que senti falta do teclado e achei o baixo um tanto acid-jazz, um pouco grooveado demais. Lá pela terceira música, Guilherme avisa que não vão tocar nada dos anos 80 "porque os 80 ficaram lá pra três". A platéia urra incrédula e indignada, ele abre um sorriso, come�a "Quimeras". Um coro a plenos pulmões amplifica o refrão. Em "Formosa", Guilherme aponta o microfone para os fãs, uma mulher desacompanhada se abraçaa enquanto entoa "qualquer corpo passa a ser o seu". Hipnose coletiva. Covers sentidíssimas de "Carta aos Missionários" do Uns e Outros (Guilherme comenta sobre Bush ao introduzí-la) e "Pros Que Estão em Casa" do Hojerizah. Deixo o Avenida ao som de "Agora Eu Sei", a inf�ncia de Betamax no Rio de Janeiro me cumprimenta na n�voa ainda estrangeira do lugar ao qual as dúvidas existenciais do Zero pertencem. Infelizmente, n�o fico para conferir "Heróis" e "100% Paixão" com Fábio Golfetti na guitarra.

Amiga, nem te pedi licença, nem te paguei royalties, me perdoa?
� que eu achei muito lindo e que todo mundo merecia ler.

ZERØ em SP no Avenida Club.

No dia 25, domingo, show do ZERØ!

Depois de quase um ano sem nos apresentarmos em SP, recebemos o Violeta de Outono pra passagem de som e ensaiamos um final de show sensacional com a participação do Fábio Golfetti em Os Olhos Falam, Heróis e 100% Paixão no bis.
Pra quem não sabe 2/3 do Violeta são ex-ZERØs, o Fábio que era guitarrista da formação original e o Cláudio Souzza que era o baterista.

Por falar em bateristas, estavam lá também os grandes Athos Costa e Malcolm Oakley, respectivamente bateristas dos LPs Passos no Escuro e Carne Humana. Mas nenhum dos três pode ser convidado pra uma canja porque o nosso atual baterista Luiz Bertoni é canhoto o que lamentavelmente inviabiliza essas participações.

Nós estávamos apreensivos, final de Brasil e Argentina, projeto novo, dia e horário alternativo... Mas deu tudo certo, a galera compareceu em peso! Tivemos uma grande platéia, pra felicidade da banda, dos promotores Rodrigo de Araújo e a Rita Damasceno e da casa, o Avenida Club, que através da Gisele, nos recebeu super bem.

Enfim, grande noite, com a presença de vários amigos da lista de discussão como a Renata Violante e a Ana Paula. Valeu a presença de todos!

Só faltou dizer que nesse show estreamos com sucesso duas novas canções: Verdade Nua e Gravidade Zero, ambas parcerias de Yan França comigo.

Happy Hour com Kid Vinil e "Pagode Nuclear" com Clemente e João Gordo.

Daí me mandei pra Sampa de manhã.

Dia 23 de julho, sexta-feira, por influência da Simone Lima participei como convidado do programa Happy Hour do Kid Vinil na Brasil 2000 FM.

O programa é o de maior audiência do horário (18h) e está disponível na Internet em: http://www.seilatenhoqueperguntarprarosafreitag.com.br/ .
Tocamos várias canções do ZERØ e também dos amigos do Nelson e os Gonçalves e Moreau ex-Cousteau. O Kid foi super simpático e generoso como sempre, só estava meio puto com uma galera que reclamava que ele ou a radio andavam tocando muito Dire Straits, ora bolas! Na boa! V�o se danar! O cara toca de tudo, pra todos os gostos, apresenta um monte de banda nova e ainda abre espaço pros alternativos que nem a gente e o babaca vai reclamar de Dire Straits? Se liga aí mané.

Na mesma noite fui assistir ao impagável Pagode Nuclear com o Clemente do Inocentes e o Jo�o Gordo do Ratos de Por�o cantando os hinos punks dos 80´s em ritmo de pagode, acompanhados por uma legítima batucada. O mais legal da proposta eram os laiá-raiás nas canções punks e os vocais guturais nos clássicos de Adoniram Barbosa. Isso mesmo, canções punks em ritmo de pagode e samba de raiz em ritmo punk. Idéia maravilhosa. Falei pro Clemente que ele tem que trazer esse projeto pro Rio e fazer na Domingueira Voadora do Circo, com a Orquestra Tabajara.

Ta aí um bom projeto de desagravo ao punk.

Mais tarde fui assistir ao show da banda nova do Kid Vinil no Coyote Bar - Rua Quatí, 603 - Vila Ol�mpia - SP Tel: (11) 3044-0626.
Adorei a casa, o balcão do bar é o braço de uma guitarra e no final do balcão tem o meio bojo dela que é o palco, muito bacaninha, rock'n'roll a pampa.
O Kid mandou ver!

Tô de vorta. Ó o show do Circo aí!

Desculpem a ausência e a consequente falta de notícias e novidades.
A causa é nobre, o ZERØ fez show em São Paulo e eu aproveitei pra fazer uma semaninha de divulgação alternativa.

Como muitos já sabem ou viram, eu tive a honra de cantar - a convite do meu amigo Arnaldo Brandão - Agora Eu Sei na festa de re-inauguração do Circo Voador na quinta-feira 22/07.
Momentos emocionantes desde a descida do carro.
Pra quem não sabe, foi no Circo que o ZER� fez o seu show de despedida, gravado pela TV Manchete no programa Shopping Show.
O camarim era um verdadeiro quem é quem do rock carioca. Lobão, Frejat, Marcelo Hayena, Vid, Jorge Israel, Evandro, Billy, Baia, caramba... Muita gente, até o querido Alec do metrô apareceu, sem falar na banda base que o Arnaldo montou como o Major Nelson (Kongo/Mix 80) na guitarra e o Rob Robson (Lobão/Mix 80) na bateria.

Eu estava previsto pra entrar em quinto, mas por algum desarranjo da produção fui convocado no susto pra abrir o espetáculo, ainda por cima me passaram um microfone desligado, tsc-tsc... Mas assim que a canção começou a tocar o público me acompanhou cantando com a mesma emoção e alegria, daí foi só correr pro abraço. No final da minha apresentação falei que o Circo era um grande presente pro Rio e pro rock brasileiro e reclamei da ausência do João Gordo na festa.

Pra quem não lembra, o Circo foi fechado porque o prefeito César Maia e/ou o Conde (nem lembro mais, mas é a mesma coisa) se sentiram ofendidos pela atitude punk do João no show do Ratos de Porão. Pô! O que é que ele esperava de um show punk?!?! Confete e serpentina?
Mas o que ficou para a opinião pública foi que o Circo fechou por causa do Gordo o que não é verdade. Fechou por causa da miopia social e do autoritarismo político!

Vote consciente!

quinta-feira, julho 22, 2004

O MONSTRO VERDE DA INVEJA!

Olá!
Como eu sei que ainda não são todos que frequentam o Orkut, vou copiar uma crônica que eu postei na minha community em homenagem a maravilhosa Mariana Weickert, espero que vocês gostem hehehe.

O Serginho gostou.

"Eu tenho uma lista enorme de amigos nessa grêmio recreativo virtual. Muitos são novas aquisições, mas vários estão comigo há vinte anos ou mais. Esses me conhecem, ou deveriam conhecer, e sabem que eu não sou uma pessoa que olha para trás ou para os lados. Sabem que eu sigo em frente, que eu acredito que cada um faz e/ou cumpre um destino particular, por isso, não me comparo nem me referencio pelos outros, mas sim pelos meus focos e objetivos.

Mas hoje eu estava vendo o “Altas Horas”, meu programa predileto, edição especial de aniversário do Serginho. Suuuuper programa!!! E lá, todos os meus amigos. O Dinho, meu irmão, que já morou na minha casa, o Bonfá, que já morou na minha casa, o Roger, queridaço, Fred Nascimento, o meu maior parceiro dos anos 90, tantas lindas canções já fizemos juntos... E a nova , quer dizer, seguinte geração, o Gabriel que eu conheço e admiro, Chorão que eu não conheço e admiro (na verdade admirava, essa história da porrada foi o cúmulo), e mais uma galera que eu cruzo pelas noites do Rio, o Kassim, o Berna e o Domenico da Orquestra Imperial, a Marina, enfim, uma turma da pesada...

E eu aqui, no sítio, na serra carioca, vendo tudo isso pela TV. Fiquei feliz, muito feliz. Adoro o sucesso do Dinho, adoro saber que o Bonfá retomou a estrada, que o Fred está com o Capital e remontando o Tantra e que o Roger está com a Fabulosa Orquestra de Rock! Mas... Quando o Dinho chamou a Ana Cláudia Michaels e a nossa musa Mariana Weickert eu senti o monstro verde da inveja tomando conta do meu ser. Aquilo não podia estar acontecendo. PORRA!

No nosso site tem uma campanha pra por a gente no Altas Horas! Anteontem mesmo, coincidentemente eu recebi um e-mail da Rita Almeida produtora do Altas Horas, dizendo que estava feliz de ter me encontrado, que era nossa fã, ou seja, tudo sincrônico, mas quem sentou ao lado da Mariana e ficou pedindo pra ver a tatuagem que atesta a nacionalidade do produto?
O Dinho. I N V E J A!
Me perdoe meu amigo!"

quinta-feira, julho 15, 2004

Ensaio do "Agite Antes de Usar" - Inauguração do Circo Voador

Hoje eu ensaiei com o meu queridaço amigo Arnaldo Brandão que montou uma super banda pra festa de estréia do Circo Voador no dia 22.
Um verdadeiro rúisrú do rock BR. Vai ter canja desse que vos escreve + Toni Platão, Marcelo Hayena, Humberto F, Lobão, Frejat, Vid, Evandro Mesquita e mais uma galera do bem. Infelizmente eu não tenho um release pra postar, mas já deu uma idéia não?

quarta-feira, julho 14, 2004

O show de Ubá foi muito lindo.

Primeiro porque é muito legal participar de eventos beneficentes. Segundo porque fomos calorosamente recebidos.
Eu cantei Formosa, Agora Eu Sei, Eu Sei da Legião, Primeiros Erros do Kiko, Musica Urbana e Toni e eu cantamos Até Quando Esperar.

Hoje ensaiamos para o show do dia 17 na Elite. E a primeira hora de ensaio foi dedicada a novas composições. Yan e eu fizemos mais uma linda canção.

sábado, julho 10, 2004

Putz :(

Fortaleza caiu galera... Decepção.
Mas Ubá foi maravilhoso!!!

quinta-feira, julho 08, 2004

Cara! Julho está bombando.

Acaba de ser confirmado o nosso primeiro show da carreira em Fortaleza!
Dia 24/07. E o Pescara vai estar tocando em Brasília com a Itamara Koorax, como eu vou fazer ainda não sei.
Deus me ajude.

quarta-feira, julho 07, 2004

ZERØ em Sampa!!! Finalmente!!!

Caramba! Demorou mas saiu.
o ZERØ toca no dia 25/07, domingo, no Bar Avenida - Av. Pedroso de Moraes, 1036, Pinheiros - tel: 3814-7383
Eu ainda não tenho maiores infos, mas parece que está confirmada a presença do Violeta de Outono também.

Onipresente.

Mas a minha onipresença se manifestará!
Saio correndo da canja e vou pro SHOW DO ZERØ na Gafieira Elite, no mesmo dia!!! Só eu mesmo.
A Elite fica na Rua Frei Caneca, 4 - Centro/RJ - tel: 2532-3217.

Canja no Perdidos.

O querido Rodrigo Quik convida:

Perdidos na Selva, Dia 17 sábado no Garden Hall, 21 horas.

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: Guilherme Isnard (ZERØ), Avellar Love (João Penca & Seus Miquinhos Amestrados), Fausto Fawcett, Cícero Pestana (Dr Silvana & Cia), Sérgio Vid (Vid & Sangue Azul) e Fábio Figueiredo (Soldados - Legião cover).

LOCAL: Garden Hall: Av. das Américas, 3255, Shopping Barra Garden, Barra da Tijuca, tel 3151 3302

INGRESSO: pista livre: R$ 15,00
mezanino e setor B: R$ 20,00
setor A e camarote: R$ 25,00

Ontem eu relembrei a lição...

...Que eu acreditava já ter aprendido, por obra da “pena” inspirada de Carlos Albuquerque AKA Calbuque.

No comentário da matéria do Bernardo Araújo sobre a recente pancadaria no róque BR em O Globo de ontem, eu tive um desses insights.

Andei me envolvendo em bate-teclas por aí no Orkut e enderecei uns merecidos sopapos a quem de direito e algumas asperezas verbais a quem me provocou, mas não merecia. Ficou claro que eu aceito provocações, ou seja, que eu sou infantil.

Quando li que os meus dois letristas prediletos dessa geração (cada um ao seu estilo) saíram no braço eu me vi há 20 anos atrás, comprando todas as pendengas, enfrentando com ferro e fogo esses desafios menores. Ta certo que as razões são outras, mas o assunto é sério, Um criticou a coerência ética do outro que achou isso a maior ofensa do mundo e foi as vias de fato sem necessidade, no meu caso eu fui ofendido e traído em minha confiança e amizade, é diferente, mas ainda assim uma agressão é injustificável.

O alvo das minhas ameaças de punição física está doravante e publicamente livre do castigo. Isso não quer dizer que ”trocamos de bem”, mas que eu não vou regredir espiritualmente dando ouvidos ao negativo e escangalhando a sua triste figura, serei magnânimo.

Esse episódio me relembrou a transformação que eu experimentei ao ver no final dos 80’s The Duel o filme de formatura do Ridley Scott, e concluí o seguinte naquela época:

O combate só existe entre dois contendores.
Quando um não quer não há o duelo.
Me inclui fora dessa.

Mas me esqueci disso.

Grato por me lembrar amigo Calbuque.